Produtores de arroz do RS solicitam suspensão de Leilão de importação ao governo federal
A indústria e os produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão em alerta contra o leilão de importação do cereal, programado para o dia 21 de maio.
Em uma reunião realizada na tarde da última quinta-feira (16), representantes do setor solicitaram formalmente ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a suspensão da iniciativa.
Preocupações do Setor:
- Tempo Exíguo para Importação: O curto prazo para a entrega do arroz importado (30 dias) pode inviabilizar a operação e desestimular a participação de fornecedores, gerando instabilidade no mercado.
- Aumento da Oferta Interna: A indústria já está comprando mais arroz, o que demonstra um aumento da oferta interna do cereal.
- Efeito Rebote: A corrida às compras por parte dos consumidores pode levar a um “efeito rebote”, com reacomodação dos preços e demora na volta às compras por parte daqueles que estocaram o produto.
- Desestímulo ao Agricultor: A importação em plena safra pode desestimular o agricultor, levando à redução da área cultivada na próxima safra, que já teve um aumento de 7,5% após anos de recuo.
- Impacto na Produção Interna: A Federarroz-RS garante que a produção interna, mesmo com os danos às lavouras por colher, é suficiente para atender à demanda do mercado brasileiro.
Posicionamento da Federarroz-RS:
“Conseguimos sensibilizar o ministro para o risco que é confirmar esse leilão”, afirma Alexandre Velho, presidente da Federarroz-RS. A entidade reitera a importância do diálogo com o governo para buscar soluções que beneficiem o setor e garantam a segurança alimentar do país.
A suspensão do leilão de importação de arroz é vista como uma medida crucial para evitar impactos negativos no mercado interno, na produção e na renda dos agricultores gaúchos.
É importante acompanhar o desenrolar da situação e as decisões que serão tomadas pelo Ministério da Agricultura em relação ao leilão.
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