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Produtores de feijão finalizam plantio no Estado

O plantio da 1ª safra de feijão no RS está tecnicamente encerrado, já apresentando 6% da área colhida e em comercialização vindos das áreas semeadas no cedo, no Médio Uruguai. Mesmo com as precipitações se mantendo aquém da média no Estado, elas vêm ocorrendo espaçadamente, dando condições de bom desenvolvimento à cultura do feijão nas suas zonas de produção, com menor intensidade na região Sul.

Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, nessa última região, que tradicionalmente semeia a leguminosa mais no tarde, o seu desenvolvimento é mais lento e algumas áreas destinadas à primeira safra deverão ser implantadas no próximo mês, quando inicia o plantio da safrinha.

As produtividades das primeiras áreas vêm se apresentando entre 19 e 26 sacas por hectare, estando dentro das estimativas iniciais.

O arroz se desenvolve sem problemas em todas as regiões produtoras, com as barragens ainda apresentando bom volume armazenado e permitindo a irrigação da área cultivada. Mas, devido à falta de umidade durante o período de semeadura, a irrigação foi antecipada, o que acarretou aumento no consumo de água. Pelo mesmo motivo, algumas lavouras apresentam falhas de germinação, o que poderá acarretar consequências na produtividade final. Tentando evitar essas consequências, os produtores aproveitam as boas condições do tempo para intensificar a aplicação de nitrogênio em cobertura.

O milho foi bastante beneficiado com as recentes chuvas registradas nas principais áreas de produção. Isso porque 36% das lavouras estão entre os estágios de floração e enchimento de grãos, fases sensíveis à falta de umidade. Nas áreas recém-implantadas, o retorno da umidade proporcionou uma germinação mais rápida e homogênea.

Nas lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo, o período foi de combate a invasoras e aplicação de nitrogênio em cobertura. O percentual de área semeada chega a 82% nesta semana.

Assim como o milho, a soja também foi beneficiada pelas condições climáticas durante a última semana. O plantio da cultura alcançou o percentual de 86%, ficando à frente sete pontos em relação à semana passada. De maneira geral, apesar da irregularidade das chuvas, a maioria das lavouras se desenvolve de maneira satisfatória. Apenas naquelas localizadas em áreas mais a Sudoeste do Estado, são identificadas falhas de germinação e desenvolvimento irregular das plantas.

Na principal região vitivinífera do país, a Serra Gaúcha, a safra encontra-se com cerca de 15 dias de atraso. Neste momento, prossegue a colheita da variedade Vênus, com melhora na coloração e no teor de açúcar. A variedade Niágara, normalmente em princípio de colheita nesta época, deverá chegar ao mercado próximo ao Natal. De forma geral, a cultura se mantém isenta de fitomoléstias e pragas e com sarmentos mais curtos do que normal. Intensifica-se o uso de tratamentos foliares com o “verderrame” – calda bordaleza.

Na Campanha, o estado sanitário e corporal do rebanho de ovinos está sendo considerado bom, uma vez que o clima atual é considerado ideal para o desenvolvimento dos cordeiros.

Nessa região, o preço do cordeiro continua alto, o que está provocando otimismo entre os produtores a expectativa é que a comercialização da carne ovina se intensifique no próximo mês, pois no momento há poucos negócios sendo realizados.

A cotação do cordeiro também está em alta na zona Sul. No entanto, a oferta ainda é pequena. Os animais em geral estão apresentando um ótimo acabamento de carcaça. A tosquia de lã está próxima de ser concluída, com municípios já próximos dos 90% do rebanho.

O preço médio do cordeiro segue valorizado. No último levantamento, o produto apresentou elevação nas principais praças de comercialização, passando de R$ 4,31 para R$ 4,39 o kg vivo, alta de 1,38%.

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