O político conservador Michael Veling, dono do café De Kuil e porta-voz da organização de varejistas de canábis, desafiou: “É ridículo pensar que a proibição será o fim das coffee shops. Aqui você pode trazer salsinha ou uma meia velha, picar e fumar que ninguém vai falar nada”.
Além disso, diz ele, há maneiras de driblar a proibição de acender um cigarro (de tabaco ou maconha). Uma delas é o “volcano” (vulcão): uma geringonça que aquece o fumo e solta a fumaça dentro de um balão transparente, passando por um funil metálico. O consumidor compra o balão e inala a fumaça. “Em dias bons, quando a casa está cheia de americanos, vendemos 100 ou 200 balões”, declarou Michael, já um senhor de 50 anos.
Sentado perto da porta de entrada, com um sorriso de orelha a orelha e pupilas dilatadas, o tcheco Pavel Kotrba, cliente do De Kuil, afirmou: “Se a proibição rolar, eu fumo meu baseado ali na rua, sem problema”.
Na Holanda, a posse de até 5 gramas de maconha não é crime. Os mais de 700 cafés autorizados pelo governo podem ter em estoque até 500 gramas da erva.
Recentemente foi proibida a venda simultânea de maconha e bebidas alcoólicas. Mas agora a maioria dos parlamentares da Holanda se diz contrária à proibição de qualquer tipo de fumo nas coffee shops.