Projeto prevê cirurgia plástica reparadora para mulheres vítimas de violência doméstica
Conforme a justificativa do deputado, essas mulheres são obrigadas a conviver não só com o trauma resultante da agressão, mas também com cicatrizes e outros danos físicos incapacitantes que as obrigam a abandonar suas rotinas. “A reparação pelo atendimento na área de cirurgia plástica reparadora pode devolvê-las para a vida, para o trabalho e também devolver-lhes a auto-estima”, explica ele.
Carrion também lembra que resgatar essas pessoas é um longo processo, que perpassa por um atendimento multidisciplinar, envolvendo questões psicológicas, financeiras e de saúde pública, mas o resgate da autoimagem e da saúde física é um primeiro passo, primordial, para que se possa começar esse caminho. Segundo ele, a proposição visa priorizar o atendimento, na rede pública de saúde, às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, contribuindo para a formação da rede de cidadania de atenção à mulher.
O parlamentar explica que se a Lei Maria da Penha ajudou a retirar do âmbito familiar os casos de violência doméstica, também apresentou à sociedade um quadro mais realista e assustador da realidade feminina. Ao mesmo tempo em que as mulheres conseguem perceber que a lei possui efetividade foi constatado na terceira edição da “Pesquisa Violência Doméstica contra a Mulher” do DataSenado que 83% das mulheres residentes em capitais conhecem ou já ouviram falar da Lei Maria da Penha, mas 51% das vitimas ainda não denuncia.