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Projeto quer vigilante armado junto aos caixas eletrônicos

Manter um segurança armado junto aos caixas eletrônicos nas agências bancárias do Rio Grande do Sul, das 7h às 22 h, é o que propõe o projeto de lei (PL nº 161/2997), de autoria do deputado Luciano Azevedo (PPS). O objetivo da matéria é garantir a presença de um vigilante não apenas no horário de funcionamento dos bancos, mas também durante o período em que o serviço dos caixas eletrônicos fica disponível para os clientes. A proposta recebeu apoio da Federação Profissional dos Trabalhadores em Segurança Privada do Rio Grande do Sul.

“Esta é uma tentativa de oferecer, nos horários em que as agências não estão abertas, a mesma segurança que existe nelas, quando elas estão abertas. Por um único motivo: quando o cliente vai ao banco às duas horas da tarde sacar, tem um guarda armado. Agora se ele vai às cinco da tarde, não tem mais o guarda”, explica Luciano.

Não está prevista no projeto a obrigatoriedade da presença do segurança armado em todos os locais onde há caixas eletrônicos, como supermercados e shoppings. Na opinião do deputado, a medida seria “impraticável”. “Mas não é impraticável, colocar um homem armado, nas agências bancárias, pelo simples fato de que isso já existe. Apenas nós estaríamos estendendo os horários em que existe segurança armada dentro das agências”, avalia.

Conseqüências
Para o parlamentar, não há riscos da medida causar aumento nas tarifas bancárias. “Como a margem de lucro dos bancos nunca foi tão grande na história do país, eles têm toda a condição de absorver estes custos, sem a necessidade de repassá-los aos clientes. A segurança já está embutida nas tarifas que hoje nós pagamos, apenas não é prestada essa segurança de forma direta”, aponta.

De acordo com o presidente da Federação Profissional dos Trabalhadores em Segurança Privada do Rio Grande do Sul, Evandro Vargas dos Santos, a medida proposta pelo deputado Luciano Azevedo tem um caráter social. “Além de proteger a vida dos usuários do sistema bancário, vai gerar mais empregos”, avalia. Evandro calcula que, no mínimo, mil postos de trabalho para os vigilantes podem ser criados com a aprovação do projeto. A federação representa dez sindicatos no Estado e reúne mais de 57 mil vigilantes.

Sugestões
O presidente da Federação Profissional dos Trabalhadores em Segurança Privada do Rio Grande do Sul sugere que o texto do projeto estabeleça a colocação de escudos para a maior proteção dos segurança, no caso de uma tentativa de assalto. O deputado Luciano Azevedo considera boa a sugestão. “É possível avaliar e incorporar ao projeto”, acrescenta.

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