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Quero ver o direito brotar como fonte – Por Dom Jaime Pedro Kohl

IMG_1180-195x300111111111O lema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2016: “Quero ver o direito brotar como fonte e a justiça qual riacho que não seca”, tirado do profeta Amós, desperta em nós a sensação de algo novo que está por acontecer na salvaguarda do planeta Terra.

Motivada pela Encíclica “Laudato Sí” as Igrejas Cristãs convocam todos os brasileiros a dar sua contribuição na conservação da saúde do planeta com o tema: “Casa comum: nossa responsabilidade”.

            Há anos, a Igreja Católica trabalha essa questão em suas Campanhas de Fraternidade. A consciência ecológica cresceu muito nos últimos anos, mas há muito caminho ainda a percorrer para chegarmos a um compromisso mais efetivo, tanto das pessoas como dos grupos e governos.

            É verdade que Saneamento Básico, tem como principal responsável o Poder Público, mas precisa da colaboração e da corresponsabilidade de toda a população para criar condições dignas.

            Como diz o texto base (113): “Bom seria se todos pudessem dizer: Na minha casa tem tudo. O terreno da minha casa é legalizado, ninguém virá despejar-me. Não há esgoto a céu aberto na rua onde moro e a coleta de lixo é feita todos os dias. Minha casa é limpa. A qualidade do material utilizado no teto, no piso e no banheiro não é de luxo, mas é bom. A água encanada de boa qualidade chega até a torneira da pequena cozinha. Temos energia elétrica, canais de televisão. É fácil ter transporte bom, barato e de qualidade, correio e telefone. Assim me sinto uma pessoa respeitada, a quem são garantidos os direitos fundamentais para viver com dignidade”.

            Garantir direitos essenciais para a vida humana de todos e cuidar bem do planeta são partes fundamentais da justiça que os profetas proclamam como vontade de Deus.

A corrupção e a violência da sociedade humana estão destruindo a ordem e a harmonia da criação de Deus. As ações humanas degradantes e violentas colocam em risco a integridade da Casa Comum.

            O texto base sugere algumas coisas bem simples e factíveis: não deixar agua correndo; apagar as luzes; separar o lixo e reciclar; manter o quintal limpo; descartar pilhas, remédios vencidos e embalagens de maneira correta; aproveitar a água da chuva; conectar a própria casa à rede de esgotos; conversar sobre esses temas com os vizinhos…

            Sintamo-nos todos convocados a assumirmos nossa responsabilidade de cuidadores do planeta. A Terra agradece e Deus também.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osóriodomjaimep@terra.com.br

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