Raiva dos herbívoros reaparece no RS

Raiva dos herbívoros voltou a causar preocupação no Rio Grande do Sul em 2025, após a confirmação de novos focos da doença e a emissão de alerta sanitário pela Secretaria…
Raiva dos herbívoros

Raiva dos herbívoros voltou a causar preocupação no Rio Grande do Sul em 2025, após a confirmação de novos focos da doença e a emissão de alerta sanitário pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O foco mais recente foi identificado no município de Passo Fundo, o que motivou a ampliação da vigilância para cidades vizinhas como Ernestina, Marau, Coxilha e Santo Antônio do Planalto, onde há registros de agressões a animais sem identificação de abrigos de morcegos.

A Seapi destaca que a raiva dos herbívoros não possui cura, sendo controlada exclusivamente de forma preventiva por meio da vacinação em massa e do controle da população de morcegos hematófagos, como o Desmodus rotundus, principal vetor da doença.

Os locais comuns de abrigo desses morcegos incluem cavernas, troncos ocos, fendas de rochas, casas abandonadas, túneis e furnas.

De acordo com o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Seapi, a situação exige atenção redobrada dos produtores rurais, que devem manter os rebanhos vacinados e informar imediatamente a Inspetoria Veterinária sobre qualquer suspeita de refúgio de morcegos. “Mesmo os animais já mordidos devem ser imunizados”, afirmou Witt.

A captura de morcegos suspeitos é feita exclusivamente por equipes treinadas dos Núcleos de Controle da Raiva da Seapi, que atuam mediante solicitação das regionais da secretaria, especialmente em casos de diagnóstico positivo ou aumento expressivo de mordidas em rebanhos locais.

Raiva dos herbívoros

Somente neste ano de 2025, já foram registrados 15 focos da raiva dos herbívoros em seis municípios do estado: Coronel Barros, Porto Alegre, Silveira Martins, Caçapava do Sul, Piratini, Viamão e Passo Fundo.

Raiva dos herbívoros reaparece no RS

Entre os casos, foram afetados 12 bovinos, dois equinos e um ovino. Em 2024, o Rio Grande do Sul teve um total de 78 focos distribuídos em 40 municípios, revelando a persistência da doença e a necessidade contínua de monitoramento.

A Seapi reforça que a cooperação da comunidade rural é fundamental para conter a propagação da raiva, por meio de ações como a vacinação sistemática, a denúncia de abrigos de morcegos e o acompanhamento técnico.

O alerta serve como um chamado à responsabilidade compartilhada pela saúde animal no campo.

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