Refúgio de água doce: o paraíso escondido no Rio Grande do Sul
Especial Paraísos no Rio Grande do Sul: Lagoa Mangueira, localizada no município de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Rio Grande do Sul, é um destino único e encantador no Brasil.
Distante mais de 500 quilômetros de Porto Alegre, essa formação geológica faz parte do maior complexo lagunar da América Latina, juntamente com as lagoas Mirim e dos Patos.
No entanto, a Mangueira se destaca por suas características exclusivas.
A lagoa, com 123 quilômetros de extensão e 820 quilômetros quadrados de área, é alimentada unicamente pelas chuvas e por lençóis freáticos subterrâneos, já que não possui conexão com o mar nem rios desaguando em suas águas.
Essa peculiaridade confere à Lagoa Mangueira uma coloração verde-clara, quase transparente, que a torna um convite irresistível para mergulhos, esportes aquáticos e pesca.
Entre as espécies de peixes mais comuns nas águas puras da lagoa, estão traíra, jundiá, peixe-rei, joana, viola e tambico, atraindo pescadores de várias partes.
Além disso, a Lagoa Mangueira é um verdadeiro santuário ecológico, povoado por aves, espécies aquáticas e pelas capivaras, os maiores roedores do mundo, frequentemente avistadas nas margens.
A área é protegida pela Reserva Ecológica do Taim e monitorada pelo Ibama, o que tem ajudado a recuperar a população de capivaras após anos de caça indiscriminada.
Geologicamente, a Lagoa Mangueira é uma das formações mais jovens do planeta, com apenas 4,5 mil anos, e tem grande relevância científica.
Sua biodiversidade inclui uma microalga chamada spirulina, que só encontra condições ideais para crescer nas águas da Mangueira.
Essa alga é reconhecida por seus benefícios à saúde humana e sua capacidade de absorver poluentes da atmosfera.
Com sua beleza natural preservada, a Lagoa Mangueira se consolida como uma joia no cenário ambiental do Brasil e é reconhecida pela Unesco como parte da Reserva da Biosfera.
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