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Rei do Bahrein faz concessões para atenuar protestos no país

Sob pressão interna e externa, as autoridades do Bahrein libertaram 23 militantes xiitas, acusados de terrorismo, que se beneficiaram do perdão real. A informação é do deputado da oposição Jassem Hussein.

Na última segunda-feira (21), o xeque Hamad Bin Issa Al Khalifa ordenou a libertação de xiitas e o adiamento dos processos judiciais contra outros presos políticos. Foi uma resposta da monarquia às exigências da oposição.

Em outubro de 2010, os 23 xiitas foram acusados de formação de organização ilegal, de recorrer ao terrorismo, de financiar atividades terroristas e de difundir informações errôneas e tendenciosas, segundo o processo judicial. Alguns desses crimes são punidos no Bahrein com prisão perpétua.

De acordo com o presidente da Associação da Juventude do Bahrein para os Direitos Humanos, Mohamed Al Maskati, existem mais de 450 presos políticos no país, muitos dos quais sofreram abusos sexuais e torturas.

O Bahrein virou palco de manifestações de protesto contra a monarquia Al Khalifa. Para os manifestantes, o ideal é adotar o regime monarquista constitucional, concedendo mais poderes ao Parlamento e ao primeiro-ministro.

Os manifestantes também reclamam de discriminação do governo sunita em relação aos xiitas. Eles reivindicam melhores ofertas de emprego e o fim da diferença de oportunidades entre sunitas e xiitas.

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