Resgate da produção das tafonas em Osório
Dentro da programação da semana Farroupilha, ocorreu na última quinta-feira, 05/09, no Museu Antropológico de Osório, a abertura da exposição do Museu da Tafona.
A coordenadora da Unidade de Cultura Mailor Kingeski falou sobre todo o trabalho de recuperação das fotos e documentos antigos relacionados à produção de farinhas e outros subprodutos da mandioca por meio de tafonas. Mailor contou que foi auxiliada pela historiadora Marina Raimundo na realização de entrevistas e identificação das pessoas que aparecem em diversas fotos que contam todo o processo da produção da farinha através das tafonas antigas.
Segundo historiadora Marina Raimundo, a tafona é um conjunto de engrenagens gigantescas talhadas artesanalmente na madeira. Parte destas engrenagens é movida por bois cangados. Toda a engenhoca fica abrigada em galpão de estância onde a farinha de mandioca é processada. De uma porção da massa crua faz-se o polvilho, o cuscuz e o beiju.
O secretário de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Desporto e Lazer Gilmar Luz frisou que através do resgate do material da tafona, as pessoas têm acesso à maneira como eram produzidos os alimentos no passado. Luz também frisou que existem ainda famílias no município que utilizam esse processo para fabricar farinha e que a exposição visitará vários municípios da região litorânea.
Entre os presentes, estava também uma família do município que ainda utiliza esse tipo de serviço. Vilson Pires disse que herdou do avô a arte de fabricar a farinha e será o maior tesouro que deixará para seus filhos. José Pires disse que desde menino trabalhou dentro de uma tafona.
A exposição do museu do tafona vai até o dia 20/09 e é aberta ao público em horário comercial. O museu antropológico de Osório está localizado na rua Marechal Floriano, 980.