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Rio Grande do Sul falido?

A atual situação financeira é realmente caótica, mas os servidores aposentados a quem vêm sendo atribuída toda a responsabilidade, nada tem a ver com tal situação, senão vejamos. Eu mesmo ingressei na Policia no ano de 1965. Trabalhei 30 anos, 01 mês e 29 dias. Desde o ingresso até o presente momento sempre me foram descontados e ainda o são, 9% dos vencimentos brutos. Este percentual tinha e tem como destinação a assistência de saúde e fundo de aposentadoria.

A saúde sempre nos foi prestada pelo Instituto de Previdência do Estado (IPE). O dinheiro destinado ao Fundo de Previdência que nunca foi instituído, o gato comeu. Confesso que não sei que destino foi dado ao mesmo. Mais ainda, se instituído tal fundo, deveria haver a contribuição da parte patronal, no caso o Estado. Isto também não ocorreu, por óbvio. Então me façam o favor, não venham alegar que nós os aposentados é que inviabilizamos a Administração. Convém também lembrar que nos é descontado o IR na fonte. Como a União sempre abriu mão deste recurso em favor do Tesouro do Estado, devemos considerar que a folha é no mínimo menor em 10% dos valores apresentados à imprensa.
Alceu de Deus Collares, meu querido irmão, quando Governador do Estado, através de Lei instituiu dentro do organograma da Polícia Judiciária uma Delegacia Especializada, cujo nome é DELEGACIA DE POLÍCIA FAZENDÁRIA.

Ao invés de a mesma ter sido instalada, foi criado um segmento dentro da co-irmã Brigada Militar parece-me que denominado de Batalhão Fazendário. Perdoem-me, mas isto não passa de uma forma jocosa de administrar. Sabemos todos que cabe à Brigada Militar efetuar o policiamento preventivo-ostensivo, ou seja, colocar seus efetivos nas ruas com o propósito inicial de inibir a prática de delitos e em segundo plano, prender quem os cometa em fragrante delito. No entanto temos hoje pessoal da Brigada exercendo funções burocráticas dentro do Palácio Piratini, e não são poucos, e ainda temos um belo número de PMs também junto ao Ministério Público, pasmem os senhores, efetuando “investigações” e a isto se dá o nome de desvio de função.

A esta altura dos acontecimentos o Rio grande parece mais a casa de Irene, ou não?

A Delegacia de Polícia Fazendária, se colocada em funcionamento, tendo os quadros da Polícia hoje preenchidos por portadores de titulação superior, havendo entre eles, administradores, bacharéis em direito, economistas etc., os quais iniciam a carreira com o fabuloso salário de R$ 1.300,00, ao passo que os que ingressam em função à qual se exige a mesma titulação superior, na Fazenda Estadual como Agentes Fiscais do Tesouro, o salário inicial é bem maior, ou seja, R$ 5.400,00.

Há ainda ressaltar que à Polícia Judiciária cabe a tarefa de “investigar” e ai se inclui efetuar campanas, escutas telefônicas, cumprir mandados de busca e apreensão, para tal até mesmo arrombando cofres e outras dependências. Penso que tal Delegacia Especializada jamais será implantada por que não interessa a poderosos empresários que são aqueles que financiam campanhas eleitorais etc. Diante disto, me perdoe Dona Yeda, seja corajosa e eu sou sabedor das qualidades que lhe foram transmitidas pelo senhor Rorato, seu respeitável pai, um homem livre e de bons costumes. Portanto Governadora, implante esta Delegacia e a senhora não irá se arrepender.

No início do Governo Rigotto, foi divulgada uma lista de empresas devedoras ao Tesouro do Estado, dentre as quais se encontravam os Supermercados Nacional e Asun, os quais juntos eram responsáveis por uma dívida da ordem de R$ 100,0 milhões. E não se trata de sonegação de tributos e sim de apropriação indébita, crime para o qual o Código Penal Brasileiro comina pena de reclusão. Dou um exemplo. Você leitor adquire num desses mercados um televisor ao custo de R$ 1.000,00 e paga à vista. Dessa importância o valor de R$ 170,00 pertence ao Estado e se destina à saúde, prestação de educação, segurança pública etc. O dono do mercado embolsa essa importância e isto é crime de apropriação indébita e se for procedido o IP, caberá ao MP denunciar a Justiça irá condenar, mas para que tal ocorra é necessário que haja um governo honesto e de muita coragem. Dona Yeda, faça, através de Lei, com que retornem algumas centenas de policiais à ativa por tempo determinado como fim específico de dar andamento a tantos IPs quantos necessários e tenho certeza que centenas de milhões de reais irão entrar no Tesouro do Estado, pois essa gente ainda teme cadeia.

Se você leitor, desejar saber como vai à administração de Xangri-Lá, cidade onde resido, entre no www.praiadexangrila.com.br, mantido por mim.

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