Rio Grande do Sul tem 12,7% da área de arroz semeada

Os arrozeiros gaúchos plantaram 12,8% da área prevista para a safra 2007/08 até o momento. Conforme levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), as chuvas atrasaram os preparativos para a safra, mas não devem ocasionar perdas de produtividade. A expectativa do instituto é de rendimentos em torno de 6,88 mil quilos por hectare, o mesmo registrado na safra passada. O Estado vai plantar 1,038 milhão de hectares nesta safra.

Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, a seqüência do plantio deverá voltar ao normal assim que parar de chover. As previsões climáticas da Somar indicam que a partir do dia 15 deste mês as precipitações irão cessar, transcorrendo para um período de poucas chuvas. “Pelas recomendações do Instituto, não haverá maiores problemas já que a época ideal de semeadura vai até a primeira quinzena de novembro”, frisou Fischer.

Ainda conforme levantamento da instituição, já foram semeados 132,3 mil hectares. A Fronteira Oeste é a mais adiantada, com 25,34 % da área cultivada. Já na Zona Sul, o processo chega a 2,77% e na Depressão Central, 3,77%.

Na Campanha, 18,68% da área foi plantada, enquanto que na Planície Costeira Externa, que abrange os municípios do Litoral Norte, o plantio chegou a 6,14% da área prevista nesta semana. A Planície Costeira Interna, que inclui Guaíba, Eldorado do Sul e Tapes, tem 5,95% do processo concluído. No mesmo período da safra anterior, o plantio atingia 12,84% dos 928 mil hectares que foram cultivados.

Preços
A cotação do arroz se mantém estável há cerca de um mês. Segundo o indicador de preços do Cepea, a saca do produto é comercializada entre R$ 23,40 e R$ 23,60 nas principais regiões do Estado. A média, nesta quarta-feira (10), foi de R$ 23,44, para o produto com 58% de grãos inteiros. Para o assessor de mercado do Irga, Marco Tavares, os produtores estão em condições de reter o produto para buscar preços melhores.

“Com a liberação do custeio, o produtor ganhou fôlego financeiro e está evitando ofertar o mercado”, explicou. Além disso, os arrozeiros que têm contratos de opção com exercício em outubro poderão vender o produto ao governo federal com preço de referência de R$ 26 a saca de 50 quilos, com 58% de grãos inteiros.