Paciente com lesões na pele provocadas pela varíola do macaco, na República Democrática do Congo © CDC/BRIAN W.J. MAHY
Vida & Saúde

RS confirma mais um caso de monkeypox

A Secretaria da Saúde (SES) confirmou o quarto caso de monkeypox no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (13/7).

Trata-se de um homem morador da Região Metropolitana de Porto Alegre, com histórico de viagem para o exterior.

Até o momento, são quatro casos confirmados no Estado.

Todos já passaram por atendimento médico e estão sendo monitorados, assim como seus contatos, pela SES e Secretaria de Saúde do município.

SITUAÇÃO DA MONKEYPOX NO RS EM 13/7/2022

Casos confirmados:
– dois homens residentes na Região Metropolitana
– um homem do exterior, em visita à Região Metropolitana
– uma mulher residente no interior do Rio Grande do Sul

DEFINÕES DE CASOS

Caso suspeito:
Pessoa que, a partir de 15/3/2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

E um dos seguintes vínculos:

– Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas

– Histórico de contato íntimo com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas

– Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas

Ou ainda:

– Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas

Caso confirmado:
Indivíduo que atende à definição de caso suspeito com resultado/laudo de exame laboratorial “positivo/detectável” para monkeypox vírus (MPXV) por diagnóstico molecular (PCR em tempo real e/ou sequenciamento).

Sobre a doença

A monkeypox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.

O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético.

O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito.

As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência, que para o Rio Grande do Sul é o Instituto Adolf Lutz de São Paulo.

Uso do termo monkeypox

Para evitar que haja um estigma e ações contra os primatas não humanos (macacos), o Ministério da Saúde optou e orienta por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos.

Embora tenha sido identificado originalmente em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com ele.

Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): monkeypox.

Segundo o ministério, isso tem o intuito de evitar desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.

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