RS deve declarar calamidade na saúde por alta em casos respiratórios

Calamidade na saúde pode ser oficialmente decretada no Rio Grande do Sul nas próximas horas, diante do agravamento da crise provocada pelo aumento expressivo de internações por síndromes respiratórias em…
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Calamidade na saúde pode ser oficialmente decretada no Rio Grande do Sul nas próximas horas, diante do agravamento da crise provocada pelo aumento expressivo de internações por síndromes respiratórias em todo o estado.

O avanço do inverno, aliado à baixa cobertura vacinal, acendeu o sinal de alerta na Secretaria Estadual da Saúde.

A secretária Arita Bergmann já admitiu que o governo estadual estuda formalizar o decreto de calamidade pública na saúde para garantir acesso a recursos federais.

Municípios como Porto Alegre, capital gaúcha, já decretaram situação de emergência em suas redes municipais de saúde, que enfrentam superlotação em unidades de pronto-atendimento e escassez de leitos de UTI, tanto para adultos quanto para crianças.

Com o decreto estadual de calamidade, o Rio Grande do Sul poderá acessar verbas emergenciais do Ministério da Saúde destinadas ao enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Esses recursos permitirão a abertura de novos leitos de UTI, aquisição de equipamentos de suporte ventilatório e reforço na estrutura hospitalar.

Crianças e idosos estão entre os mais afetados, justamente os públicos com menores taxas de vacinação contra a gripe no estado.

Dados preocupantes da Secretaria Estadual da Saúde mostram que apenas 14% das crianças estão vacinadas, índice que sobe para 17% entre gestantes e apenas 35% entre os idosos.

A baixa adesão à vacinação contra a influenza é um dos principais fatores associados ao aumento das internações.

A vacina não apenas reduz o risco de infecção, mas quando a doença se manifesta em pessoas imunizadas, os sintomas tendem a ser mais leves, diminuindo a necessidade de hospitalização.

No entanto, desde a pandemia de Covid-19, há o desinteresse crescente por vacinas — não só contra a gripe, mas também contra doenças como sarampo e poliomielite.

A secretária Arita Bergmann relembra com pesar o ano de 2009, quando o vírus H1N1 causou uma tragédia entre gestantes no Rio Grande do Sul, que na época não contavam com vacina disponível. Hoje, com a vacina gratuita e amplamente disponível nos postos de saúde, a baixa cobertura é considerada alarmante.

Cada município é responsável por suas próprias estratégias de vacinação, mas a adesão popular tem sido insuficiente, o que agrava o cenário diante das temperaturas em queda e da propagação de vírus respiratórios típicos da estação.

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Calamidade na saúde

O decreto de calamidade na saúde, se confirmado, será uma medida emergencial para conter o avanço das internações e evitar o colapso do sistema hospitalar gaúcho, pressionado pela combinação de clima frio, baixa imunização e superlotação.

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