RS e o mistério dos ETs: 22 anos de Sinais e o caso Artur Berlet
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RS e o mistério dos ETs: 22 anos de Sinais e o caso Artur Berlet

O lançamento do filme Sinais, de M. Night Shyamalan, em 2 de agosto de 2002, trouxe notoriedade global para Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul, graças à cena marcante de um ET cruzando a tela.

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Embora a cena não tenha sido filmada na cidade, Passo Fundo continua sendo um ponto central para ufólogos, segundo Hernán Mostajo, historiador e diretor do Museu de Ufologia, História e Ciência de Itaara.

Mostajo explica que, apesar da ficção retratada no filme, a região sempre esteve na rota de fenômenos aéreos não identificados.

Desde a década de 1950, há relatos de avistamentos de esferas luminosas, objetos discoidais e formas cilíndricas.

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Durante a década de 1970, habitantes de Vila Annes afirmaram ter visto criaturas com características humanoides semelhantes às do filme.

A cidade de Passo Fundo não é a única na região com histórias relacionadas à ufologia. Tapejara, Coxilha, Getúlio Vargas, Carazinho, Não-Me-Toque e Victor Graeff também têm seus relatos.

No entanto, o caso mais notável aconteceu em Sarandi, na década de 1950, envolvendo o tratorista Artur Berlet.

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Em 14 de maio de 1958, Berlet desapareceu e retornou 11 dias depois, alegando ter sido abduzido. Seu relato, detalhado em um livro de 422 páginas escrito à lápis, descreve a abdução enquanto voltava de um casamento na localidade de Encruzilhada Natalino.

Ele viu uma intensa luz a 200 metros, pulou uma cerca e encontrou dois pratos sobrepostos antes de perder a consciência. Quando acordou, estava no planeta Acart, onde permaneceu por vários dias.

No livro, Berlet descreve a civilização “acartiana” como pacífica, utilizando armas apenas defensivas.

Ele também mencionou tecnologias avançadas para a época, como energia solar e água reciclada.

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Segundo Berlet, os acartianos usavam a Lua como estação intermediária e realizavam pesquisas nas plantações de cereais na Terra devido a problemas de escassez alimentar.

Mostajo ressalta que o livro de Berlet, doado ao Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência pela família em 2001, foi analisado por cientistas que concordaram que ele realmente vivenciou algo inusitado, embora não possam afirmar que foi uma viagem a outro planeta ou um contato com extraterrestres.

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A narrativa de Berlet se tornou um livro em 1968, patrocinado pelo ufólogo alemão Dr. Walter Biller e lançado pela editora A Região em 1967.

O título: Os Discos Voadores — da utopia à realidade: narrativa de uma real viagem a outro planeta. Artur Berlet faleceu em 1994, após lutar contra o câncer.

O filme “Sinais” e as histórias de avistamentos e abduções continuam a fascinar e intrigar tanto moradores quanto pesquisadores, mantendo o norte do Rio Grande do Sul como um ponto de interesse no estudo da ufologia.

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