RS lidera produção de noz-pecã e inicia colheita oficial

O RS lidera produção de noz-pecã, sendo responsável por 92% da área plantada e 88% da produção nacional e celebrou um importante marco com a realização da 7ª Abertura Oficial…
RS lidera produção de noz-pecã

O RS lidera produção de noz-pecã, sendo responsável por 92% da área plantada e 88% da produção nacional e celebrou um importante marco com a realização da 7ª Abertura Oficial da Colheita.

O evento, que simboliza a retomada do setor após os impactos severos de eventos climáticos recentes, aconteceu nesta sexta-feira (11/4), na sede da Nozes Glorinha, no município de Glorinha.

A cerimônia reuniu produtores rurais, lideranças políticas, estudantes, técnicos da área e especialistas, reforçando o papel estratégico da noz-pecã para a agricultura familiar gaúcha.

Atualmente, o Estado conta com 6.373 hectares cultivados e cerca de 1,5 mil produtores cadastrados, sendo que Cachoeira do Sul lidera em área plantada e Anta Gorda concentra o maior número de agricultores dedicados à cultura.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum, destacou que, embora jovem, a cultura da noz-pecã no Estado já conquistou a liderança nacional e se posiciona como a quarta maior produtora mundial.

Segundo ele, a irrigação será prioridade no setor: “Nosso desafio é ampliar o acesso à irrigação, essencial para a produção da pecã, já que apenas um dígito das lavouras do RS é irrigado”.

Durante o evento, o extensionista da Emater, Antônio Carlos Leite de Borba, apresentou os principais dados do diagnóstico da pecanicultura no RS, desenvolvido em parceria com a Seapi, Emater e Embrapa.

A pesquisa, realizada em 2024, evidenciou que a cultura é majoritariamente tocada por pequenos produtores e agricultores familiares, que enfrentam obstáculos como baixo preço pago pelo fruto, carência de equipamentos e dificuldade na contratação de mão de obra especializada.

Claiton Wallauer, presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), reforçou a relevância econômica da cultura para as famílias do campo: “Para muitos produtores, a pecã já representa a principal fonte de renda. É uma cultura que tem trazido pulverização financeira e desenvolvimento local graças ao apoio técnico e institucional”.

O anfitrião do evento, o pecanicultor Karion Minussi, compartilhou sua experiência de 15 anos no cultivo da noz-pecã e enfatizou a importância da resiliência diante das adversidades climáticas.

Ele lembrou das enchentes de maio do ano passado e ressaltou que o uso estratégico do conhecimento técnico é o que faz a diferença no sucesso da produção: “Saber que o tomate é fruta é conhecimento. Não colocá-lo na salada de frutas é sabedoria”.

O evento foi promovido pela Seapi, IBPecan, Emater e Prefeitura Municipal de Glorinha, com apoio da Embrapa e da Nozes Glorinha.

RS lidera produção de noz-pecã

A expectativa para este ano é de uma safra promissora, o que sinaliza otimismo e crescimento contínuo da pecanicultura no Rio Grande do Sul, mesmo após anos desafiadores para o setor agrícola.

Receba as principais notícias no seu WhatsApp

Comentários

Comentários

Notícias relacionadas