RS: número de casos de Meningite é maior que ano passado. Imbé registra duas ocorrências
É maior o número de casos de Meningite registrados no Rio Grande do Sul em 2015, em relação ao ano passado.
De acordo com o relatório semanal da Secretaria Estadual da Saúde, em 2014, nesta época haviam 39 registros da doença e três óbitos. Este ano tem 49 casos com 13 mortes. A Secretaria não divulgou onde ocorreram as mortes.
Quatro registros confirmados foram em cidades do Litoral Norte:
Arroio do Sal – um caso do tipo C
Imbé – dois casos do tipo C
Maquiné – um caso do tipo B
Santo Antônio da Patrulha – um caso sem identificação do tipo.
Doença meningocócica
A doença meningocócica é uma infecção aguda causada por uma bactéria (Neisseria meningitidis). Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados dessa bactéria, os que mais frequentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135.
Menos de 1% dos indivíduos infectados chegam a desenvolver a doença meningocócica. A literatura epidemiológica descreve uma estimativa que 1 em cada 10 adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer.
Osório tem dois casos suspeitos de Meningite em isolamento
A transmissão ocorre de uma pessoa para outra pela secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro, tosse), através da qual a bactéria pode atingir a corrente sanguínea. A invasão geralmente ocorre nos primeiros cinco dias após o contágio.
Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele (petéquias). Em crianças menores de um ano de idade os sintomas referidos acima podem não ser tão evidentes, devendo-se atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.
A principal medida de controle a ser desencadeada nas Doenças Meningocócicas (DM) para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação oportuna da suspeita para a pronta administração da quimioprofilaxia aos contatos próximos do caso suspeito.
Outras medidas importantes são:
-Higienização das mãos;
-Higienização do ambiente;
-Ventilação do ambiente;
-Cuidado com os alimentos.
Mais de um tipo de vacina está disponível para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As doses que constam no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:
– Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C:
Protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C
Doses aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 15 meses
– Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada):
Protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
Doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 12 meses
– Pentavalente:
Protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
Doses aos 2, 4 e 6 meses, com reforços (contra DTP, contra difteria, tétano e coqueluche) aos 15 meses e 4 anos
– Vacina BCG:
Protege contra as formas graves da tuberculose e nos casos de meningite.
Dose única ao nascer
Redação Litoralmania