Desde que os primeiros casos de peste suína africana surgiram na China em 2018, os serviços veterinários oficiais brasileiros, como a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), têm se mantido vigilantes para evitar o ingresso dessa enfermidade em território nacional.
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Na última quinta-feira (29), a República Dominicana reportou à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a ocorrência de peste suína africana em suínos do país, tornando-se o primeiro registro da doença no continente americano.
“A Secretaria da Agricultura segue os preceitos de vigilância e planos de contingência estabelecidos pelo Ministério da Agricultura para doenças hemorrágicas de suínos, nas quais a peste suína africana está incluída. Quando esta doença se disseminou na China e em países da Europa, várias ações foram intensificadas visando a prevenção da ocorrência, a detecção, o diagnóstico precoce e a resposta rápida a uma eventual incursão da PSA no Estado”, explica a fiscal estadual agropecuária Juliane Webster, do Programa de Sanidade Suídea da SEAPDR.
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Estas são as ações de vigilância de peste suína africana que foram reforçadas no Rio Grande do Sul pela Secretaria da Agricultura:
- Vigilância ativa em propriedades de suínos (comerciais e de subsistência);
- Identificação e intensificação da vigilância em criações de suínos em áreas de risco;
- Vigilância em “lixões” e aterros urbanos a fim de evitar o acesso de suínos a restos alimentares não tratados;
- Fiscalização da alimentação dos suínos em propriedades rurais comerciais e de subsistência;
- Educação Sanitária de Agentes de Manejo Populacional de suídeos asselvajados mediante capacitações online, promovidas pela SEAPDR, que abrangem informações sobre esta doença;
- Sensibilização de técnicos, estudantes de veterinária e produtores rurais quanto à importância da implementação da biosseguridade, com palestras do Serviço Veterinário Oficial da SEAPDR em reuniões e eventos relacionados à suinocultura.
Assim como na certificação como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o trabalho conjunto entre o setor produtivo e o setor público será fundamental para evitar o ingresso da peste suína africana em solo gaúcho. “A atenção dos produtores rurais e técnicos da iniciativa privada é fundamental. Qualquer suspeita de peste suína africana no Rio Grande do Sul deve ser imediatamente notificada à Secretaria da Agricultura”, ressalta Juliane.
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Os canais de notificação são: as inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária locais, o WhatsApp (51) 98445-2033, o telefone geral (51) 3288-6200 e o e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.
Clique aqui e veja o vídeo informativo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) sobre como evitar o ingresso da peste suína africana em território nacional.ar
Sintomas e transmissão
A peste suína africana é uma doença altamente contagiosa, que não acomete o homem, afetando exclusivamente os porcos domésticos e os suídeos asselvajados, como javalis e javaporcos. É uma doença de notificação obrigatória aos órgãos de defesa sanitária animal. Por não haver vacina ou tratamento, sua introdução nos rebanhos suínos pode levar a significativos prejuízos socioeconômicos.
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A peste suína africana tem um período de incubação de quatro a 19 dias, caracterizando-se, principalmente, por sua forma hemorrágica. As manifestações clínicas podem variar:
- Hiperaguda – morte súbita;
- Aguda – febre alta de 40 °C a 42°C, perda de apetite, letargia, hemorragias na pele e em órgãos internos e alta taxa de mortalidade;
- Crônica – febre ligeira, apetite reduzido, depressão, sinais respiratórios e aborto.
Quanto às fontes de infecção, as principais são: carne e subprodutos cárneos, carcaças, secreções e excreções de suínos domésticos ou asselvajados infectados pelo vírus da peste suína africana. A doença é transmitida, principalmente, pelo contato direto entre suínos infectados e suscetíveis (domésticos ou asselvajados) ou pela ingestão de produtos de origem suína contaminados com o vírus.