Foto arquivo: Furacão Irma, o mais forte já registrado no Oceano Atlântico Divulgação/Nasa
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Saiba como são escolhidos os nomes dos furacões

Saiba como são escolhidos os nomes dos furacões
Furacão Irma, o mais forte já registrado no Oceano Atlântico Divulgação/Nasa

Três furações estão ativos no oceano Atlântico: Irma, Katia e José, um evento raro. Na semana passada, os Estados Unidos foram impactados pelo Furacão Harvey e o México, e do lado do Pacífico, no México o Lídia. Na temporada de furacões – convencionada por meteorologistas entre junho e novembro – sempre se pergunta, por que nomes de pessoas para o fenômeno. A resposta é mais simples que parece: o padrão facilita divulgação de alertas.

Além de facilitar os alertas e avisos para administrar o evento junto à população (protocolos de evacuação, informações sobre tempestades, etc), a adoção de um nome para a fenômeno é fundamental para evitar confusões. O site oficial da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional  (NOAA, sigla em inglÊs) dos Estados Unidos  explica que haveria mais erros e a população poderia ficar confusa. As consequências mais sérias, no caso de dois furações simultâneos na mesma época ou região.

Como os nomes são escolhidos?

Atualmente a definição dos nomes é feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), na Suíça, parte das Nações Unidas ONU, com 189 países membros. A lista tem 21 nomes selecionados previamente de nomes enviados por entidades oficiais regionais. A lista alterna nomes masculinos e femininos em ordem alfabética. A cada seis anos, uma nova lista é criada. Porém, atualmente. um grupo de membros da organização reavalia e acrescenta novos nomes para substituir os que foram “arquivados”.

Nomes de furacões que causaram grandes tragédias são retirados e não voltam a ser usados, para que não haja confusão. Assim, não haverá outro furacão Katrina, como o da tragédia de Nova Orleans em 2005.

História dos nomes

O livro “Furacões”, de Ivan Tannehill, é citado como referência na história dos nomes dos furacões pelo NOAA. Segundo ele, no século XIX os furacões eram “batizados” em função do dia de santos católicos, por exemplo, furação “Santa Ana”, que arrasou Porto Rico em 28 de julho de 1825, além de San Felipe I, que atingiu a mesma cidade em 13 de setembro de 1876.

O uso de nomes de mulheres é atribuído ao meteorologista australiano, Clement Wragge. Segundo Tannehill, o meteorolgista australiano teria passado a usar, para as tempestades tropicais, os nomes de mulheres das quais ele sentia raiva ou não gostava.

Durante a Segunda Guerra Mundial, integrantes da Marinha e do Exército dos Estados Unidos começaram a mapear furacões e tempestades no Oceano Pacífico e dar-lhes informalmente nomes femininos.

Já em 1953, os Estados Unidos começaram a usar nomes femininos oficialmente em tempestades tropicais no oceano Atlântico. Em 1978, o NOAA adotou uma lista de nomes de ambos os gêneros para os furacões do Pacífico. No ano seguinte, em 1979, os nomes masculinos e femininos foram incluídos em listas para o Atlântico.

Nomes reserva

Caso ocorram mais de 21 ciclones tropicais durante uma temporada, a OMM recorre à lista de nomes do alfabeto grego: Alfa, Beta, Gama, Delta e assim por diante.

Agência Brasil

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