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Sanções da ONU são apenas pedaço de papel, diz Ahmadinejad

Há exatamente um mês sob sanções de parte da comunidade internacional, o Irã vai manter o programa nuclear do país, que é alvo de suspeitas de produção de armas atômicas. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse hoje (9) que manterá as atividades nucleares no país. Segundo ele, as restrições são apenas “um pedaço de papel”. As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna.

Ahmadinejad afirmou que sob nenhuma circunstância serão interrompidas as atividades nucleares no país, que são pacíficas. “As últimas sanções contra o Irã, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, não terão nenhum efeito sobre o programa nuclear. Não haverá a menor mudança em nosso programa nuclear”, avisou.

Para 12 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança da ONU, o programa nuclear do Irã é suspeito. O Brasil e a Turquia votaram contra as medidas punitivas. O Líbano se absteve. Pelas sanções, há uma série de restrições ao país, que atingem principalmente as áreas de comércio e militar.

Em visita à Nigéria, Ahmadinejad enviou a mensagem sobre a manutenção do programa nuclear do Irã, durante a reunião do D8 – grupo formado por Bangladesh, o Egito, a Indonésia, o Irã, a Malásia, Nigéria, o Paquistão e a Turquia. 

Dirigindo-se a uma platéia na capital nigeriana, Abuja, Ahmadinejad disse que as resoluções da ONU são “um pedaço de papel” que não terá força para “deter” as atividades nucleares do Irã. Segundo ele, o programa nuclear do país tem fins pacíficos, inclusive para atividades farmacêuticas.

Os governos do Brasil e da Turquia intermediaram um acordo para a troca de urânio do Irã. Pelo acordo, o Irã enviará 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em troca, receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%. A comunidade internacional, no entanto, não aceitou a medida como alternativa para evitar as sanções.

Além das sanções do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos, o Canadá e a União Europeia também aprovaram medidas restritivas ao Irã. Todas as decisões foram definidas no começo do mês passado.

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