Satélites da NASA revelam extensa cobertura de fumaça das queimadas na Amazônia
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Satélites da NASA mostram que fumaça de queimadas cobre o Brasil

Imagens de satélite da NASA indicam que uma vasta área do Brasil está coberta por fumaça, principalmente originada de queimadas na parte sul da região amazônica.

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A maior concentração de incêndios ocorre no sul do estado do Amazonas, no arco do desmatamento, assim como no Pará e em partes da Bolívia, onde o número de queimadas foi excepcionalmente elevado neste mês de agosto, afetando grande parte do norte do Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram detectados 3.432 focos de calor na Amazônia entre as 21h de domingo e as 21h de ontem, marcando o pior dia de queimadas no bioma amazônico em 2024.

Dr. Sander Fridman - 16/11

Esse número superou o recorde anual anterior de 3.224 focos registrado em 30 de agosto.

O estado do Pará destacou-se com um aumento significativo nos focos de incêndio nos últimos dias, representando uma grande parte do total de queimadas na Amazônia.

Somente na segunda-feira, foram registrados 1.487 focos de calor no estado, enquanto no domingo, primeiro dia de setembro, houve 1.313 focos.

Na Bolívia, os números também são alarmantes. Ontem, o país registrou 1.608 focos de calor, e durante todo o mês de agosto, o total foi de 25.913, três vezes acima da média histórica de queimadas para o mês, que é de 8.360.

Massagem

A fumaça intensa cobriu grande parte da Amazônia nesta terça-feira, afetando a visibilidade em várias cidades. Boletins meteorológicos de aeroportos locais indicaram visibilidade reduzida por fumaça: em Manaus, 5 mil metros; em Rio Branco, 500 metros; em Porto Velho, 500 metros; e em Cuiabá, 5 mil metros, segundo a Metsul.

Correntes de vento de norte para sul, juntamente com ar quente movendo-se pelo interior da América do Sul, criaram um corredor de fumaça que desce desde o sul da Amazônia até o Sul do Brasil.

Xis do Jô

As imagens de satélite mostram que esse corredor de fumaça curva-se na altura do Rio Grande do Sul, alcançando o Oceano Atlântico e retornando para o norte devido à influência de sistemas de alta e baixa pressão, levando a fumaça para o sudeste do Brasil, atingindo São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Apesar de corredores de fumaça dessa natureza ocorrerem anualmente, as imagens de satélite de hoje revelam uma concentração de fumaça consideravelmente maior do que o normal, cobrindo uma vasta área do Brasil e de países vizinhos, obscurecendo o céu.

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