Se os farrapos tivessem vencido
Como passei muito envolvido com a Copa Davis, só ontem consegui ler o caderno de Cultura de ZH. E a questão proposta é a do título supra.
Como me diverti, como dei risadas.
O professor Mário Maestri finaliza assim:
”Para terminar, não teríamos a Semana Farroupilha, já que seria a Semana da Pátria, nem o MTG, substituído pelo Ministério da Cultura. A grande novidade seria o MOUBRAPAM (Movimento pela União do Brasil com o Pampa), nascido durante os motes populares ocorridos em Bagé, a cidade mais populosa do Pampa, quando da quinta desvalorização do estribo, moeda nacional da república… Tudo no início do segundo mandato do presidente Tonico Augustus Nico Fagulhas…”
Sobrou até uma farpa para o nosso querido Nico.
Agora em seguida, em 23.10 vou participar de um torneio do Rio de Janeiro, entre magistrados aposentados. Já preparo meu lombo para as brincadeiras do resto do país.
É o seguinte: não sou contra tal de Estância da Harmonia, aqueles dez metros quadrados para onde acorrem em setembro todos os fazendeiros virtuais do planeta, passando os dias de gaita e violão, cozinhando carreteiro, assando churrascos e vestindo aquelas pilchas. Sou a favor. Assim como acho interessante quanto o povo carioca abandona a república para voltar ao império, com a balconista se transformando em marquesa, o torneiro em conde e todos pertencendo à Corte Real de Momo.
São as saturnálias, são os carnavais, são as oktoberfest para o povo desopilar.
Sempre relembrando que Estância da Harmonia é uma coisa. Estancia de verdade é: trator no galpão, acordar cedo, nada de cachaçada, planilha de custos, inseminação, nada de tropelias pelo campo e, se não houver seca, nem enchente, nem abigeato demais, ainda sobram alguns farelos… “
Prezados leitores, este texto não é de minha lavra e sim do Dr. Ruy Gessinger, desembargador aposentado e hoje pecuarista em Unistalda além de advogado militante. È um homem altamente preparado, poliglota, hah, não entenderam, explico: ele fala e escreve em diversos idiomas, homem vivido como se observa e nada mais penso ser necessário dizer.
Dedico este texto a uma senhora que faz poucos dias me deitou o sarrafo quando critiquei a presença de cavalaria em Xangri-Lá num domingo à tarde com os eqüinos soltando bosta e urina pelo asfalto, /sei eu há os que se agradam de tais odores, mas há os que criados na cidade e com sólidos hábitos de higiene, tal não aceitam.
Até a próxima se /Deus assim o permitir.