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Secretaria Estadual da Agricultura toma medidas para conter caso de mormo em Santo Antônio da Patrulha

Secretaria Estadual da Agricultura toma medidas para conter caso de mormo em Santo Antônio da Patrulha

As equipes veterinárias da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural estão tomando todas as medidas de defesa sanitária animal necessárias para o enfrentamento dos casos de mormo detectados em cavalos em uma propriedade em São Lourenço do Sul e Santo Antônio da Patrulha.

A doença não era registrada desde julho de 2017 no estado.

O serviço veterinário oficial está fazendo ação de vigilância onde os casos foram constatados. As propriedades estão isoladas, sendo proibida a saída ou entrada de animais, até que sejam feitos todos os procedimentos de sanidade.

“O mormo não tem tratamento nem vacina e é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido para o ser humano, por isso é necessário o sacrifício do animal ”, explica Gustavo Nogueira Diehl, Médico Veterinário, Fiscal Estadual Agropecuário do Departamento de Defesa Agropecuária – Divisão de Defesa Sanitária animal. Ele reforça a necessidade do exame veterinário obrigatório nos animais a cada seis meses. “O exame ainda era uma obrigatoriedade e, diante do quadro, torna-se ainda mais importante”.

Os métodos oficiais utilizados para o diagnóstico do Mormo no Brasil e consequentemente adotados no Estado do Rio Grande do Sul são os de Fixação do Complemento (FC), ELISA (testes de triagem), técnicas previstas na Instrução Normativa nº 06/2018, podendo ser utilizado para diagnóstico confirmatório e conclusivo o método de diagnóstico molecular e bioquímico de Western Blotting (WB).

Todos esses métodos estão previstos nas inúmeras recomendações da OIE e foram utilizados por países como os EUA e a Inglaterra, que obtiveram sucesso na erradicação do Mormo.

O RS teve seu primeiro caso de mormo confirmado em 2015, totalizando 47 focos de junho de 2015 até julho de 2017.

O último foco de Mormo no RS havia ocorrido em julho de 2017, fato que fez com que o Estado do Rio Grande do Sul pleiteasse o status de Zona Livre de Mormo.

Desta forma, o pleito do RS para ser reconhecido como zona livre de mormo fica suspenso, considerando que um dos critérios que deve ser atendido conforme preconizado na IN 06/2018 é de que o estado esteja há pelo menos 3 anos sem registrar nenhum novo foco da doença.

O Estado do RS vem tratando do assunto Mormo desde a primeira notificação com reuniões entre diversas associações e entidades envolvidas com equídeos.

Em função dos casos, permanece a obrigatoriedade do cumprimento das exigências legais como a GTA e apresentação de exames negativos para AIE e Mormo de animais que venham a transitar.

Abaixo, a íntegra da nota técnica sobre a situação do mormo no RS:

Porto Alegre, 23 de setembro de 2019.

Atualização situação do Mormo no RS

Informações relacionadas ao Programa Estadual de Sanidade Equina, informamos o que segue:

Mormo:

Mormo é uma enfermidade infecciosa, de caráter agudo ou crônico que acomete, principalmente, equídeo, podendo também acometer o homem, os carnívoros e eventualmente pequenos ruminantes. O agente etiológico do mormo é a bactéria Burkholderia mallei, um bacilo gram negativo responsável por alta taxa de mortalidade de equídeos, que quando afeta o homem é altamente letal. Os sinais clínicos mais frequentes são febre, tosse e corrimento nasal (purulento que evolui para sanguinolento), além de prostração, pústulas na mucosa que evoluem para úlceras, abscessos nos linfonodos e dispneia. Na fase final da doença a broncopneumonia vai levar o animal a morte por insuficiência respiratória.

No entanto alguns equídeos podem tornar-se portadores assintomáticos, forma considerada preocupante, pois um animal positivo que não manifesta sinais clínicos pode ser fonte de disseminação da doença para outros animais e para as pessoas. Na ausência de tratamento e de vacinas eficazes à prevenção da enfermidade,as recomendações e estratégias de profilaxia e controle estão descritas em legislação específica do ProgramaNacional de Sanidade de Equídeos a Instrução Normativa nº 06/2018 entre elas a obrigatoriedade de examenegativo para trânsito de equídeos e participação em eventos e sacrifício de animais positivos.

Esclarecimentos sobre os métodos de diagnóstico de Mormo

Os métodos oficiais utilizados para o diagnóstico do Mormo no Brasil e consequentemente adotados no Estado do Rio Grande do Sul são os de Fixação do Complemento (FC), ELISA (testes de triagem), técnicas previstas na Instrução Normativa nº 06/2018, podendo ser utilizado para diagnóstico confirmatório e conclusivo o método de diagnóstico molecular e bioquímico de Western Blotting (WB). Todos esses métodos estão previstos nas inúmeras recomendações da OIE e foram utilizados por países como os EUA e a Inglaterra, que obtiveram sucesso na erradicação do Mormo.

Teste de Western-Blotting:

Com relação ao teste de Western-Blotting (WB), exame também utilizado para confirmação do Mormo, é um método em biologia molecular e bioquímica. Para emissão de resultado, os pesquisadoresexaminam a quantidade de proteína em uma dada amostra e comparam os níveis entre diversos grupos.Importante ressaltar que além do diagnóstico confirmatório de mormo, o WB é teste confirmatório de HIV em humanos e que também é um teste definitivo para a Doença da Vaca Louca.

Atual situação epidemiológica

O RS teve seu primeiro caso de mormo confirmado em 2015, totalizando 47 focos de junho de 2015 até julho de 2017. A título de informação o último foco de Mormo no RS havia ocorrido em julho de 2017, fato que fez com que o Estado do Rio Grande do Sul pleiteasse o status de Zona Livre de Mormo.

Infelizmente neste mês dois novos casos foram confirmados através do exame de Western Blotting (WB), que é o exame confirmatório e conclusivo preconizado pelo Ministério da Agricultura paraconfirmação dos suspeitos. Os novos casos ocorreram em setembro, nos municípios de São Lourenço doSul e Santo Antônio da Patrulha, acometendo dois equinos, um em cada propriedade, até o momento.

Informamos que estas propriedades encontram-se interditadas e sob vigilância do Serviço

Veterinário Oficial desde o momento da notificação às Inspetorias Veterinárias dos municípios, estando proibido o ingresso e egresso de equinos destes locais, até que se encerrem os procedimentos de saneamento.

Desta forma, o pleito do RS para ser reconhecido como zona livre de mormo fica suspenso, considerando que um dos critérios que deve ser atendido conforme preconizado na IN 06/2018 é de que o estado esteja há pelo menos 3 anos sem registrar nenhum novo foco da doença. O Estado do RS vem tratando do assunto Mormo desde a primeira notificação com extrema transparência e neste processo frequentemente diversas associações e entidades envolvidas com equídeos tem participado de reuniões na Sede da SEAPDR.

Em função do exposto, permanece a obrigatoriedade do cumprimento das exigências legais como a GTA e apresentação de exames negativos para AIE e Mormo de animais que venham a transitar.

Por fim, salientamos que todas as medidas de defesa sanitária animal cabíveis estão sendo tomadas em atendimento a ocorrências de Mormo.

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