Semana sensível – Nílton Moreira
Quando estamos na espiritualidade preparando nossa vinda ao plano carnal, escolhemos algumas situações que precisamos passar para nosso crescimento. Digo algumas em razão de nosso livre arbítrio, pois teremos sempre o poder de decidir o caminho a tomar.
Também sabemos que teremos um tônus vital em nosso organismo físico para permanecermos na Terra determinado tempo e que nos cuidado devidamente, completaremos o ciclo previsto, embora a maioria de nós não seja completistas, isto em razão da invigilância no que diz respeito à condução de nossa saúde, gastando esse tônus precocemente.
Mas uma das situações que não iremos escapar é o passamento, isto é, o desencarne que é a volta do espírito que somos à pátria espiritual. Isso é bom, pois faz parte da Misericórdia Divina, pois quanto mais tempo ficarmos neste mundo em meio às tristezas que nos cercam, é sinal que somos mais devedores de equívocos que praticamos em vidas passadas.
Mas nesta semana que chega estaremos um pouco mais sensíveis, pois nos tocarão pensamentos que reportarão a nossos entes queridos que já retornaram ao plano espiritual, os quais após cumprirem o tempo na Terra, encontram-se agora na espiritualidade nos olhando, e muitos nos intuindo para que consigamos completar nossos objetivos aqui na carne, pois a morte é apenas uma passagem e não o aniquilamento.
Esta semana no grupo de estudos da Casa que frequentamos, um irmão disse surpreender-se ao fazer uma reflexão e constatar que tinha mais parentes no plano espiritual do que os chamados “vivos” neste plano carnal. Realmente chega um momento que é assim, e o importante disso é que todos eles vivem e ficam felizes ao saber que não os esquecemos, e que existindo um amor verdadeiro recíproco, certamente nos reencontraremos no momento oportuno. Mas em razão da peculiaridade desta semana, estamos mais sensíveis, pois é finados, e devemos escolher num momento de recolhimento elevar nosso pensamento em prece a aqueles que já não estão mais conosco. Prece breve, mas que saia do sentimento e que possa exteriorizar muito amor, e certamente os desencarnados receberão tal energia que lhes cairá como bálsamo.
Não há necessidade de visita a túmulos, pois que ali nada mais existe, pois o princípio inteligente que é o Espírito libertou-se no momento da “morte”, e devemos chorar sempre a saudade, mas nunca a falta.