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Situação dos arrozeiros do RS é motivo de audiência no Banco Central

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, recebeu na manhã desta terça-feira, um grupo de parlamentares para tratar da situação dos arrozeiros, em especial no Rio Grande do Sul. O encontro, liderado pela senadora progressista Ana Amélia Lemos, contou com a presença do deputado federal Afonso Hamm (PP/RS).

Na pauta, o baixo preço pago pelo arroz, a competição com outros países do Mercosul, endividamento agrícola e câmbio. Outra abordagem foi sobre o acesso dos bancos cooperativos, cooperativas de créditos, instituições financeiras aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para concessão de crédito rural (PLS 40/2011, de autoria da senadora Ana Amélia).

Na oportunidade, Afonso Hamm salientou que nesta mesma data, os produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão participando da mobilização Te Mexe Arrozeiro em Uruguaiana para tratar desses assuntos que são preocupantes para seguir viabilizando a cultura do arroz.

O deputado comentou sobre a preocupação que tem ações de competência do governo na política agrícola. A primeira é de crédito e financiamento, que já ocorreu e foi estímulo ao plantio. O segundo item é de garantia do preço mínimo da saca de 50 quilos, que atualmente é de R$ 25,80, no entanto, os agricultores têm recebido valores abaixo até dos R$ 17,00, sendo que o custo de produção chega a R$ 29,00.

Comercialização

A terceira abordagem destaca por Hamm é em relação aos instrumentos de comercialização que não estão sendo efetivos, como o Prêmio por Escoamento de Produção (PEP). “Não estamos conseguindo a comercialização do produto e por isso o setor precisa de socorro urgente”, afirma o parlamentar ao salientar que a redução na próxima safra vai comprometer o futuro do abastecimento.

A senadora comenta que a produção tem sido excelente. No entanto, o que reduz a competitividade é o custo aos produtores. Ana Amélia ainda demonstrou a preocupação do fim da importação de arroz de países como o Uruguai, que chegou a um milhão de toneladas no último período.

Tombini anunciou que irá se empenhar junto à área econômica para resolver o problema dos arrozeiros. Em relação ao FAT, o presidente reagiu de forma positiva e disse que as cooperativas não têm sido motivo de preocupação para o Banco Central. Ainda informou que a instituição trabalha em um fundo garantidor para ampliar a segurança desse sistema. O presidente do Banco Central irá atuar como interlocutor junto aos ministros da Agricultura, Wagner Rossi; do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel e o da Fazenda, Guido Mantega, com intuito de que o problema dos arrozeiros tenha uma solução.

A reunião também contou com a presença dos deputados José Otávio Germano e Alceu Moreira.

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