Sucessor de líder de facção morto em Tramandaí é um dos presos transferidos no RS
Como mais uma ação de enfrentamento ao crime organizado no RS, a Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), por meio da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), realizou, na sexta-feira (16/9), operação de transferência de dez líderes de facções, agora dentro do Estado.
Os detentos foram removidos de quatro casas prisionais em Porto Alegre e Charqueadas e encaminhados para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e para a Penitenciária de Canoas (Pecan).
São seis integrantes de um grupo que tem base no Vale do Sinos e quatro de outro que tem base na Vila Cruzeiro, na zona sul da capital.
Um deles, segundo apurado pelo Litoralmania, é apontado como sucessor do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, morto em 2015 em Tramandaí e até então líder do tráfico no Condomínio Princesa Isabel, no bairro Santana.
É ligado à organização do Vale do Sinos.
Tem antecedentes criminais por tráfico e associação ao tráfico, além de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
“Aquilo que articulamos no nível nacional também encontra o seu correspondente no nível estadual, dando continuidade à Operação Império da Lei IV (realizada quinta, 15).
Estamos promovendo, dentro do sistema gaúcho, a remoção e a transferência de pessoas de reconhecida alta periculosidade, numa atividade concluída com êxito, sem nenhum percalço, em busca do enfrentamento e da redução da criminalidade no Estado, especificamente em Porto Alegre e na Região Metropolitana”, afirmou o secretário da SJSPS, Mauro Hauschild.
Conforme o superintendente da Susepe, José Giovani Rodrigues de Souza, o conjunto de ações articuladas mostra que é possível arrefecer o poder dessas facções, com soluções dentro do próprio sistema prisional.
“A superintendência monitora cotidianamente, juntamente com outras forças de segurança, as movimentações dentro e fora do sistema”, acrescentou.
A operação teve a participação de agentes do Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes), do Grupo de Intervenção Rápida da 9ª Região Penitenciária (GIR-9), da Agência Regional de Inteligência Penitenciária (Aripen), além de servidores dos estabelecimentos penitenciários envolvidos, totalizando cerca de 90 policiais penais.
Breno Serafini/Ascom Susepe e Litoralmania
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