Suicídio: reconhecendo o risco – psiquiatra Dr. Sander Fridman
Dr. Sander Fridman é doutor em psiquiatria pela UFRJ, ex-diretor científico do Serviço de Doenças Afetivas da Santa Casa de Poa, ex-responsável pelo Serviço de Depressões do CM Adventista de Botafogo/RJ.
* Para atendimento em Capão da Canoa ligue: 3665-2487, em Osório: 3663-2755.
O primeiro estudo de qualidade científica sobre o suicídio foi promovido por Émile David Durkeim, o pai da sociologia científica. Identificou que o isolamento social extremo bem como a excessiva subordinação aos valores do grupo social caracterizavam países com maiores estatísticas de suicídio.
A nível individual, pensamentos frequentes sobre a morte e o morrer acompanham comumente uma pessoa em risco de Suicídio. Mas ideias ou planos Suicidas são comumente escondidos, por constrangimento, devido à reprovação social. Adivinhar esta inclinação e especialmente antecipar-se a ela não é simples.
Depressão prolongada ou intensa, Abuso de Álcool ou Drogas, impulsividade, pensamentos intrusivos de morte, morrer e/ou de suicídio, delírios e alucinações (ouvir “vozes”, ver “coisas”), automutilação, tentativas de Suicídio no passado, trocas rápidas do humor, todos estes sintomas devem acionar um alerta!
O risco é mais grave, provavelmente, quando a pessoa consegue contar que tem um plano ou que está se informando de modos de Suicídio; relata que ouve vozes que lhe comandam o Suicídio; ou sofre com grave sofrimento e desesperança. Ainda mais acompanhado de solidão, sozinho ou acompanhado.
A consulta a um especialista é recomendada precocemente sempre que parecer que pode haver motivos para preocupação. Basta a suspeita! Prevenção é antecipação.