Surfistas querem ampliar área para pratica do esporte no RS
A Federação Gaúcha de Surfe pretende apresentar ao poder executivo até março um projeto sugerindo novas áreas para a prática do esporte. Hoje, é somente nas grandes praias que a Brigada Militar consegue fiscalizar o uso de redes de pesca amadora em áreas de banho e oferecer segurança a surfistas e banhistas. De Quintão a Torres, no Litoral Norte, são cerca de 110 balneários. Áreas livres de pesca amadora são encontradas em Tramandaí da plataforma a barra do rio, em Imbé, do lado Norte do rio até o final do calçadão, em Torres, da barra do rio Mampituba a Praia de Itapeva, e em Atlântida, do lado norte da plataforma ao calcadão de Capão da Canoa.
O presidente do conselho da Federação, Virgílio Matos, explica que maior problema está nos balnearios pequenos. O município de Cidreira é um exemplo. Por lá, são em torno de 13 KM de costa. Desse total, apenas 1,5 km é de área livre de pesca amadora.
No início da Operação Golfinho, a governadora Yeda Crusisus assinou um decreto estadual que institui o programa Surfe Lega. A proposta delimita o uso de redes de pesca nas águas do litoral gaúcho. O chefe da comunicação social da operação, TENENTE CORONEL JOEL PRATES PEDROSO, explica que a proposta é mapear os locais com presença de redes de pesca.
Em 23 ANOS, 45 surfistas morreram no litoral gaúcho. A última fatalidade aconteceu em dezembro de 2006 com a morte de Mário José Konzen Xavier de Mello e Silva. O analista de sistemas surfava na praia de Mariluz, em Imbé, e morreu depois de se enroscar em um calão, estrutura fixa composta por uma bóia e que sustenta a rede de pesca. O trabalho de mapeamento teve início em dezembro pelo Comando Ambiental. A meta é concluir a operação no 1° semestre deste ano.