Surto de bactéria no RS leva à suspensão imediata das internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Divina Providência, em Frederico Westphalen, no norte do estado.
A medida foi adotada na quarta-feira (18), após a confirmação de um surto da bactéria multirresistente Acinetobacter Baumannii, que representa sérios riscos para pacientes imunossuprimidos e internados em estado grave.
A unidade, que conta com 10 leitos adultos, tinha, até a manhã desta quinta-feira (19), oito pacientes internados, dos quais três testaram positivo para a bactéria.
Outros dois aguardam o resultado de exames laboratoriais. A definição de surto ocorre quando há, no mínimo, dois casos confirmados por exames de cultura — os testes são realizados com amostras coletadas de vias respiratórias, sangue e intestino.
O setor foi totalmente isolado, e o hospital também restringiu as visitas de familiares, enquanto os profissionais de saúde passaram a atuar exclusivamente dentro da UTI, sem qualquer interação com outras áreas da instituição.
As ações fazem parte de um protocolo rigoroso de controle de infecções hospitalares, conforme diretrizes da Anvisa e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Surto de bactéria no RS
Segundo o diretor técnico da UTI, Dr. Ronaldo Dervanoski, todos os pacientes estão em leitos individuais com isolamento completo, recebendo tratamento com antibióticos específicos para esse tipo de infecção resistente.
“As bactérias fazem parte da realidade de muitas UTIs no Brasil. Assim que o primeiro caso foi detectado, iniciamos a busca ativa entre todos os internados. A higienização está sendo reforçada, com limpeza diária de teto, paredes e superfícies críticas”, explicou o médico intensivista.
Ainda conforme o hospital, todos os pacientes permanecem estáveis e são monitorados continuamente. Esta é a primeira vez que a bactéria é identificada na UTI da instituição.
A direção reforça que todas as condutas necessárias estão sendo tomadas com máxima transparência, e que a situação está sob controle.
A Anvisa e demais órgãos sanitários competentes foram oficialmente notificados, conforme estabelece o protocolo nacional.