Tamanho não é documento – Jayme José de Oliveira
PONTO E CONTRAPONTO- por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
“Profissionais da Saúde costumam combater vírus com vacinas e antivirais. Mas haverá o dia em que, por um tempo, os vírus vencerão esta batalha e muitos seres humanos morrerão numa pandemia”. (Prof. May Pereira em palestra a alunos de Odontologia da UFRGS na década de 80 do século passado).
O homo sapiens jamais se dá por vencido. JAMAIS!
Na antiguidade as doenças eram consideradas castigo dos deuses pelos nossos “pecados”, se suplicava seu perdão para receber a cura. Sacerdotes, pajés, xamãs eram os intermediários.
E o tempo rolou…
A Natureza forneceu os primeiros medicamentos e a ciência os depurou, atualmente os sintetiza. Não paramos de evoluir.
A Louis Pasteur devemos o soro e a vacina contra a hidrofobia mortal. Outras vieram. A Covid-19 nos desafia e também será vencida. Lembremos que a vacina é o ÚNICO recurso para prevenir e evitar que a hecatombe prossiga ceifando vidas aos milhares… dezenas de milhares… centenas de milhares mundo afora.
Há um mas, sempre há um mas… a ignorância é um obstáculo imenso a ser vencido. Paulo Coelho adverte: “Nunca discuta com pessoas que acreditam nas próprias mentiras”.
Surgiu uma diretriz nefanda para nos assombrar e partiu de onde deveríamos encontrar socorro, esperança. Em 31/08/2020, em resposta a uma apoiadora, o Presidente Jair Messias Bolsonaro disse: “Ninguém pode ser obrigado a tomar vacina”. O Vírus sorriu e a Morte afiou sua foice antevendo o trabalho que teria pela frente.
Liberar da vacina é multiplicar as sepulturas. LITERALMENTE! As pessoas responsáveis serão levadas de roldão pelos inconsequentes que só esperavam esta brecha para continuar em seu insano modo de viver.
Liberar o uso de máscaras, permitir aglomerações, etc. e agora dar as costas à solução que todo o mundo afanosamente procura?
OREMOS!
E não é de hoje, não só aqui e não apenas leigos no assunto defenderam teses absurdas e tratamentos inócuos. Inócuos? Muito pior, com efeitos colaterais avassaladores.
Em 26 de fevereiro de 1998 o médico britânico Andrew Wakefield apesentou, na conceituada revista “The Lancet”, uma tese que debitava à vacina conjunta contra rubéola, caxumba e sarampo, conhecida como tríplice viral (MMR) uma das causas do autismo.
O caso teve grande repercussão, aliás repercute até hoje no mundo.
Ao ser comprovada pela comunidade científica que a metodologia usara má conduta, conduzido a um resultado fraudulento, a
licença do médico foi cassada e ele foi impedido de exercer a profissão.
Tarde demais, o estrago foi grande. Como consequência, o sarampo, doença praticamente erradicada ressurgiu e as taxas e vacinação nunca mais voltaram a atingir os índices anteriores. Muitos ainda acreditam nessa informação apesar de não ter nenhum embasamento para ser levada a sério. Repito, infelizmente o mal continua a produzir efeitos deletérios
Pensem, pensem, apenas pensem. A poliomielite, a varíola, o tifo, a hepatite, o tétano, a gripe, a tuberculose e um sem número de outras doenças estariam sob controle sem a vacinação em massa?
Incongruência total: o Presidente Jair Messias Bolsonaro sancionou a Lei nº 13.979/20, chamada Lei do Coronavírus, diz que, na situação atual de pandemia, as autoridades podem obrigar a população a ser vacinada.
A lei, publicada em 6 de fevereiro, vem do PL 23/2020 de iniciativa do próprio Governo Bolsonaro quando Luiz Henrique
Mandetta, que assina a peça, era Ministro da Saúde. A proposta, no seu artigo 3º colocou a vacinação como uma das possibilidades a serem determinadas compulsoriamente pelas autoridades.
Posfácio – Entre a identificação de uma doença e a descoberta da vacina que a previna, o tempo decorrido diminuiu no decorrer da História, A vacina da Poliomielite, após 3.348 anos. Estamos prestes a estabelecer um recorde para a vacina Covid-19 se materializada ainda este ano.
ESPERAMOS!
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado