Tempestade causa bloqueios em importantes rodovias do Rio Grande do Sul, deixando motoristas em alerta máximo nesta sexta-feira (9).
Desde a madrugada, intensas chuvas atingem cidades como Santa Maria, Santiago e São Gabriel, provocando alagamentos, quedas de árvores, vias interditadas e famílias desalojadas em vários municípios gaúchos.
Segundo a Defesa Civil e a Brigada Militar, as consequências da forte instabilidade, que teve início ainda na quarta-feira, vêm se agravando.
A rodovia RSC-287 foi totalmente bloqueada no km 167, entre Paraíso do Sul e Novo Cabrais, após o Arroio Barriga transbordar e cobrir o desvio provisório, construído após a destruição da ponte original em enchentes anteriores.
O tráfego só será liberado quando o nível da água baixar.
Na RS-342, em Ijuí, uma árvore caída interrompe parcialmente o trânsito no km 123.
Já na RS-348, no trecho entre Faxinal do Soturno e Ivorá, o bloqueio total no km 32 foi provocado por água sobre a pista. Esses pontos permanecem com restrições até o fechamento desta reportagem, às 10h55.
Os volumes de chuva são extremos. Em apenas nove horas desta sexta-feira, estações meteorológicas registraram 182 mm em São Borja, 151 mm em Santa Maria, 136 mm em Agudo, e mais de 130 mm em diversas outras cidades.
Em Santa Maria, no centro do estado, o acumulado em alguns bairros chegou a 238 mm desde quarta-feira — o maior desde as enchentes de abril de 2024.
Bairros como Campestre do Menino Deus, Camobi, Salgado Filho, Medianeira, e Passo D’Areia estão entre os mais atingidos. Ruas alagadas, casas inundadas e ao menos 13 pessoas desalojadas foram relatadas.
Duas residências sofreram destelhamento e escolas suspenderam as aulas.
Tempestade causa bloqueios
Além dos bloqueios, a MetSul Meteorologia alerta para volumes de chuva que já superaram de 100% a 200% da média mensal em menos de 48 horas em muitas regiões, como São Gabriel (245 mm), Santiago (230 mm), Alegrete (218 mm), Cachoeira do Sul (226 mm) e Encruzilhada do Sul (221 mm).
A tendência é de que a chuva continue, ampliando os transtornos no trânsito e nas áreas urbanas.
Com o cenário de calamidade se agravando, autoridades recomendam que motoristas evitem deslocamentos não essenciais, monitorem as rotas alternativas e fiquem atentos às atualizações da Defesa Civil e das concessionárias de rodovias.