Tempo: veja o que novembro reserva ao RS
O penúltimo mês de 2024 promete chuva acima da média em diversas regiões e oscilações térmicas marcantes no Rio Grande do Sul.
Meteorologistas indicam que a passagem frequente de frentes frias intensificará a instabilidade, enquanto uma onda de calor, ainda sem data exata, pode impactar especialmente o Oeste, Missões e Norte do Estado.
A primeira semana de novembro já trará temperaturas elevadas e chuvas intermitentes, criando um cenário típico de verão, segundo Murilo Lopes, meteorologista da UFSM.
A previsão é de chuvas frequentes durante o mês, especialmente no Centro, Norte, Região Metropolitana, Vales e Serra, com volumes de até 30 milímetros acima da média histórica.
Para as Missões, Oeste, Campanha e Sul, a expectativa é de precipitações dentro do esperado.
Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, explica que o aquecimento anormal das águas do Atlântico está contribuindo para esse aumento de chuvas.
A chegada das frentes frias será determinante: a primeira ocorre entre 4 e 5 de novembro, e a segunda por volta de 7 de novembro, seguida de um ar mais frio que trará queda nas temperaturas.
Como será a temperatura?
Novembro terá variações térmicas intensas, com quedas acentuadas e picos de calor. Estima-se que a temperatura mais baixa ocorra por volta do dia 15, enquanto regiões como o Oeste e as Missões podem atingir até 35°C em períodos de calor extremo.
“Ainda sem data definida, esperamos uma onda de calor com termômetros subindo rapidamente, principalmente no Oeste, Missões e Norte”, detalha Borges, da Climatempo.
A previsão também aponta temperaturas médias superiores ao normal, variando entre 1°C e 3°C acima da média nas regiões Oeste, Missões, Norte e Serra.
A Faixa Oeste e as Missões devem registrar médias entre 29°C e 31°C, enquanto a Campanha e o Centro, entre 27°C e 29°C. Na Serra, Região Metropolitana, parte dos Vales e Sul, a média varia de 25°C a 27°C.
La Niña e expectativa de seca
Apesar da previsão de chuvas intensas para novembro, os meteorologistas esclarecem que o fenômeno La Niña, conhecido por causar seca no RS, ainda não está plenamente atuante.
Borges explica que o Pacífico mantém uma neutralidade, com tendência fria, e o aquecimento anormal do Atlântico neutraliza os efeitos tradicionais de La Niña.
Lopes ressalta que a influência de La Niña pode trazer períodos secos mais prolongados durante o verão.
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