Terremoto de 7,4 no Chile faz a terra tremer no Brasil: entenda o fenômeno
Na noite de quinta-feira, um terremoto de magnitude 7,4 abalou o deserto de Atacama, no norte do Chile.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro foi localizado a 45 quilômetros da cidade chilena de San Pedro de Atacama, com uma profundidade de 117 quilômetros abaixo da superfície.
Autoridades chilenas informaram preliminarmente sobre a morte de um homem em Calama, o principal centro urbano do deserto de Atacama, conhecido por receber turistas no seu aeroporto.
Apesar do forte tremor, o governo chileno relatou que não houve danos estruturais significativos na região, embora uma ponte tenha caído.
Houve interrupção no fornecimento de energia, mas a maioria das áreas já teve o serviço restabelecido.
O impacto do terremoto foi sentido em vários países da América do Sul, incluindo Argentina, Bolívia, Peru e Brasil.
No Brasil, estados como São Paulo e Minas Gerais registraram tremores, com moradores de diversos bairros na cidade de São Paulo relatando a sensação, segundo a Metsul.
Sergio Fontes, do Observatório Nacional (ON/MCTI), explica que a geologia da América do Sul permite que as ondas sísmicas viajem a longas distâncias.
“As condições geológicas dessas regiões, como bacias sedimentares com rochas menos consolidadas, amplificam o sinal sísmico ao se propagar pelo interior da Terra,” destaca Fontes.
Essa característica é observada na cidade de São Paulo, conforme explica o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
Em nota, o instituto reforça que, apesar do desconforto sentido pelos moradores, as chances de danos estruturais devido ao tremor são muito pequenas.