Território do RS sob disputa aparece com sinalização de zona de guerra no Google

Se você busca por território do RS no Google Maps, em especial Vila Albornoz – região do Rio Grande do Sul reivindicada pelo Uruguai –, é possível observar uma linha…
Uruguai reivindica território do RS
Foto: Uruguai reivindica território do RS

Se você busca por território do RS no Google Maps, em especial Vila Albornoz – região do Rio Grande do Sul reivindicada pelo Uruguai –, é possível observar uma linha pontilhada formando um triângulo invertido.

Essa marcação remete às diretrizes da plataforma para áreas de status incerto ou disputado.

Linha pontilhada: marca de disputa internacional

Território do RS sob disputa aparece com sinalização de zona de guerra no Google

A linha pontilhada é o mesmo recurso usado pelo Google para demarcar zonas em guerra, como a Crimeia desde sua anexação pela Rússia em 2014; também aparece em áreas como o Saara Ocidental (Marrocos), o Sudão/Sudão do Sul e a polêmica região da Caxemira, cobiçada por China, Índia e Paquistão.

Território do RS A extensão da área contestada

O território contestado em solo gaúcho engloba aproximadamente 237 km² – cifra superior à superfície de Montevidéu.

Ainda assim, o Uruguai reivindica especificamente 22 000 hectares dentro dessa região.

Histórico da reivindicação uruguaia

A disputa tem raízes longas. Desde 1934, o Marco 49‑I, próximo a Masoller, chamou atenção de Montevidéu, embora a questão tenha sido mantida em compasso de espera por décadas

No entanto, o interesse ressurgiu quando o Brasil autorizou as obras do Parque Eólico Coxilha Negra, em Santana do Livramento, a partir de 2021.

O Uruguai denomina essa área de “Rincón de Artigas” e envia à diplomacia brasileira, via Itamaraty, posicionamento formal alegando que não foi consultado sobre o início do parque e que a construção não implica reconhecimento de soberania do Brasil nem renúncia da reivindicação.

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Por que isso importa?

  • Influência diplomática: a retomada da questão pode gerar nova rodada de negociações entre Brasília e Montevidéu.

  • Debate público: moradores e autoridades locais podem ser diretamente impactados por decisões futuras.

  • Visibilidade internacional: a visibilidade no Google destaca que, mesmo áreas isoladas, podem ganhar destaque global.

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