Tornado em Erval Grande causou destruição em larga escala no Norte do Rio Grande do Sul na tarde desta sexta-feira, por volta das 14h30.
O fenômeno extremo atingiu com força a zona rural do município, situado na divisa com Santa Catarina, deixando um cenário devastador que exigiu resposta imediata das autoridades locais.
Com ventos rotacionais intensos e destrutivos, o tornado arrancou árvores pela raiz, quebrou troncos ao meio, derrubou postes de energia, destelhou dezenas de casas e destruiu aproximadamente 30 quilômetros da rede elétrica, deixando a maior parte das áreas atingidas sem fornecimento de energia.
Segundo Douglas Imlau, coordenador da Defesa Civil municipal, mais de 150 propriedades foram danificadas.
Cerca de 20 famílias tiveram que ser realocadas após perderem completamente o teto de suas casas.
Algumas regiões ficaram intransitáveis devido à queda de galhos, troncos e postes, obrigando equipes da prefeitura e da concessionária de energia a agirem rapidamente para liberar acessos e iniciar os reparos.
As localidades rurais mais atingidas foram Goio En, Ervalsinho, Secção Sete de Setembro, Pinhalzinho, Pranchão, Portela e Toldo. Essas comunidades, que concentram boa parte da população rural do município, sofreram severamente com a passagem do tornado.
A Defesa Civil aponta que 25 pavilhões agrícolas foram destruídos parcial ou totalmente, e 150 residências tiveram danos significativos nos telhados.
A força do vento foi tão intensa que 30 hectares de plantações de eucalipto foram devastados, deixando um rastro de árvores partidas e retorcidas.
A administração municipal, em ação conjunta com a Defesa Civil e a concessionária de energia, desenvolve um plano emergencial de assistência para atender as famílias afetadas. O objetivo é garantir abrigo, alimentação e serviços essenciais até que as moradias possam ser restauradas.
Tornado e morte em SC
Chuvas em Santa Catarina provocaram uma série de estragos entre sexta-feira (9) e a madrugada de sábado (10), mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) em diversas regiões do estado, com maior gravidade no Oeste e Grande Florianópolis.
A força dos ventos e o volume intenso de água resultaram em queda de árvores, destelhamentos, bloqueios de vias e, tragicamente, na morte de um homem no município de Palmitos.
No Oeste catarinense, os municípios de Palmitos e Caibi foram duramente atingidos, registrando múltiplas ocorrências a partir das 14h30 de sexta. Somente em Palmitos, as equipes do CBMSC atenderam 20 chamados emergenciais, incluindo quedas de árvores sobre casas, redes elétricas e estradas, além de distribuição de 1.800 m² de lona para 50 famílias afetadas.
Foram realizados 30 cortes de árvores em caráter emergencial, com apoio das prefeituras, defesas civis municipais e da concessionária Celesc.
A ocorrência mais grave foi registrada às 14h55, quando os bombeiros de São Carlos foram acionados para atender a uma queda de árvore sobre uma pessoa na comunidade de Linha Barra do Palmito, em Palmitos.
No local, encontraram um homem de 51 anos já sem sinais vitais. A vítima foi retirada do local e os procedimentos foram conduzidos com o auxílio da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica.
Na Grande Florianópolis, as fortes chuvas também causaram transtornos. Até a manhã de sábado, 12 ocorrências de queda de árvores foram registradas em Florianópolis e cidades vizinhas, com bloqueios de vias e riscos à população. Todas as situações foram rapidamente controladas pelas guarnições locais.
Outros municípios como Iporã do Oeste e São João do Oeste também foram afetados, com diversas árvores caídas nas rodovias SC-386 e SC-163.
Em Linha Monte Maria, uma residência foi atingida por uma árvore, ocasionando danos estruturais e derrubada de fiação elétrica. O local foi isolado e a moradora instruída a sair da casa até avaliação técnica da Defesa Civil.
O CBMSC permanece em estado de prontidão e segue monitorando as condições climáticas adversas para atuar rapidamente em novas ocorrências, garantindo a segurança da população e a minimização de danos provocados pelos eventos climáticos extremos.