Traficante assassinado em Tramandaí negociou jato de Alexandre Pires
Um dos mais conhecidos traficantes gaúchos, Alexandre Goulart Madeira, o Xandi – assassinado há um ano em uma emboscada em Tramandaí – conseguiu amealhar bem mais do que imóveis e frotas de carros de luxo e táxis.
De acordo com informações divulgadas por Zero Hora, Xandi fechou negócio com um jato executivo. E a surpresa dos policiais foi ainda maior ao descobrir quem vendeu a aeronave: o cantor de pagode Alexandre Pires, internacionalmente conhecido.
Ao realizar o negócio, Xandi se apresentou como empresário da noite porto-alegrense, o que não deixa de ser verdade. Ele era sócio de uma produtora de eventos que agenciava shows de pagode e funk.
Ainda de acordo com a publicação, o negócio foi firmado há cerca de cinco anos. Xandi acertou pagar R$ 1 milhão, em cinco vezes. Mas logo o empresário-traficante desistiu do avião.
Há duas versões para o episódio. Uma, de que o aparelho apresentava “problemas técnicos recorrentes”, segundo a investigação do Denarc. A outra, do empresário de Alexandre Pires, de que Xandi não teria inteirado a quantia devida.
O assassinato
Tramandaí viveu um domingo hollywoodiano em 4 de janeiro de 2015, após intensa troca de tiros e uma morte, na Rua Três de Outubro quase esquina com a avenida Protásio Alves, a uma quadra da Plataforma de Tramandaí. Um Corsa vermelho teria passado no local, com quatro homens armados e fizeram vários disparos de fuzil e pistola. Os moradores da casa teriam respondido a tiros. O Corsa fugiu.
No local foi morto Alexandre Goulart Madeira de 35 anos, conhecido como Gordo Xandi do Carandiru. De acordo com a Polícia Civil, ele era um dos grandes líderes do tráfico na Região Metropolitana. Outras duas pessoas ficaram feridas, sendo uma em estado grave.
Foram presas 12 pessoas e apreendido cinco pistolas (uma calibre .380, quatro calibre 9mm), seis carregadores de 31 tiros, mais de 200 munições, grande quantia em dinheiro, quatro veículos (Land Hover, kia Cerato, Capitiva, Van), jóias diversas e drogas.
Cartuchos de fuzil 5.56 deflagrados no local foram encontrados espalhados pela casa.
Fotos e vídeo: Robson Alves/Brigada Militar
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