Tragédia em SC: A cidade de Videira, no oeste de Santa Catarina, foi palco de uma terrível fatalidade na última sexta-feira (25).
Um menino de apenas três anos perdeu a vida após ser esquecido dentro de um carro por aproximadamente dez horas pela madrasta.
A mulher, que é companheira da mãe da criança, foi quem o deixou trancado no veículo entre as 7h e as 17h, segundo o delegado Édipo Flamia Helt, da Polícia Civil.
Em seu depoimento às autoridades, a madrasta relatou que saiu de casa pela manhã com o menino no carro, com o objetivo inicial de deixar sua parceira no trabalho.
Alegou que a criança adormeceu no banco traseiro e, em um momento de lapso, não se lembrou de deixá-lo na creche.
Em seguida, retornou à residência e trancou o automóvel, sem se dar conta da presença do enteado.
Ainda em seu relato, a mulher contou que utilizou uma bicicleta para se deslocar até o seu local de trabalho, em outra cidade.
Somente no final da tarde, ao se dirigir para buscar o menino na creche, por volta das 17h30, encontrou a criança já sem vida dentro do carro.
Desesperada, chegou a acionar o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, que registrou a ocorrência às 17h38, mas infelizmente o pequeno já não apresentava sinais vitais.
Tragédia em SC
O delegado Édipo Flamia Helt detalhou a cronologia dos fatos narrados pela madrasta: “(A madrasta) chegou em casa por volta das 7h, 7h10 e trancou o carro, pegou a bicicleta e foi até a cidade vizinha trabalhar. Retornou ao meio-dia, passou por esse veículo e foi fazer as suas atividades. Às 17h30, aproximadamente, quando ela pegaria o veículo para ir até a creche para pegar a criança, ela chegou no local e constatou que a criança estava dentro.”
De acordo com o chefe da investigação, a mãe e a madrasta mantinham uma relação estável e tranquila com a criança há cerca de quatro anos.
Inicialmente, o caso está sendo tratado como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.
A Polícia Civil aguarda os resultados da perícia para confirmar a causa exata da morte do menino e informou que imagens de câmeras de segurança da região serão minuciosamente analisadas para auxiliar na elucidação do caso.
Durante o interrogatório, a investigada também mencionou que sofre de Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), fazendo uso regular de medicação e acompanhamento psicoterapêutico.
Após prestar seu depoimento, ela foi liberada, e as investigações prosseguem para o completo esclarecimento desta trágica ocorrência.