A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), preocupada com o alarmante número de crianças internadas com Bronquiolite Aguda, especialmente no primeiro ano de idade, e sem poupar os recém-nascidos, lança um alerta às famílias: os bebês precisam ser mais protegidos do contato com os vírus circulantes no outono e inverno, ante as adversidades do nosso clima e a sua vulnerabilidade imunológica.

O vírus sincicial respiratório é o agente responsável por mais de 70-80% destas infecções respiratórias agudas, no entanto cada vez mais se identificam outros vírus, como rhinovírus, adenovírus, metapneumovírus (MVP), influenza, parainfluenza, enterovírus e bocavirus.

A bronquiolite, na maioria das vezes, obedece curso autolimitado e não requer tratamento medicamentoso ou hospitalização. De outra parte, fazendo contraponto, a grande maioria das internações em ambiente hospitalar, neste período do ano, são de lactentes acometidos pela moléstia, sob insuficiência respiratória. O grupo de maior risco é constituído por crianças com menos de 6 meses. A doença não produz imunidade, pode ser recorrente no mesmo paciente.

Os mesmos vírus que produzem sintomas leves, como coriza, espirros ou alguma tosse, em adultos ou crianças maiores, podem causar bronquiolite em crianças com menos de 1 ano de idade. A insuficiência respiratória é temida complicação. Estes vírus impregnam o ar e as mãos das pessoas.

Como proteger os bebês? Estes são os 10 passos preconizados pela SPRS

– incentivo ao aleitamento materno.
– restringir visitas, sobretudo de pessoas com sintomas respiratórios.
– visitas breves e contato físico mínimo com os bebês.
– evitar ao máximo as saídas de casa, sobretudo a ambientes com aglomerados humanos.
– lavagem repetida de mãos e, se possível, uso de álcool gel por todas as pessoas que lidam com as crianças.
– casa higienizada e ventilada.
– exposição ZERO ao tabaco.
– bebês com sintomas respiratórios não devem frequentar a creche, nem receber “xaropes para a tosse” sem orientação médica.
– crianças maiores, ainda que irmãos, não devem ter contato direto com bebês, se apresentam sintomas respiratórios agudos.
– a avaliação com o pediatra é necessária sempre ante os sintomas respiratórios, especialmente acessos persistentes – de tosse ou qualquer sinal de dificuldade respiratória.

Diretor Científico da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Ilson Enk

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