Um país cindido – ou bons contratos fazem bons amigos – Dr. Sander Fridman
Um país cindido – ou bons contratos fazem bons amigos*
Vivemos um momento histórico com uma sociedade cindida.
Um clima de desconfiança e animosidade reina livre. Marxistas divulgam seus sentimentos de que conservadores são desumanos, devem ser agredidos, eliminados, e outras proposições tão bem conhecidas dos Estados Totalitários governados por lideranças análogas.
Por outro lado, milhões e milhões de conservadores, em todo território nacional, expressam sua veemente e completa desconfiança em relação aos grupos de esquerda.
Estes comumente se mostram insensíveis às provas de fatos que mostram a ilegitimidade vicejante em cada passo do processo que conduziu até o pleito eleitoral, nos procedimentos do pleito, e nos resultados absurdos do pleito, do ponto de vista sociológico, somente explicados por fraude.
Ao afirmar-se que houve fraude nas eleições nacionais de 2022, a chance de estarmos errados é de 1 (uma) em 2,2 x 10²² (um número impronunciável, algo na casa do bilhão de bilhão).
Esta é a probabilidade de que, em condições normais, um candidato obtenha 0 (zero) votos em mais de 140 urnas eleitorais no Brasil.
Isso sem considerar a impossibilidade um candidato à presidência obter 0 (zero) votos enquanto, na mesma urna, seu candidato a deputado federal obteve praticamente 100% dos votos!
Estudos das eleições de 2014, 2018 e 2022, dão conta, de acordo com Poder 360º, de que, respectivamente, Dilma teve 19 vezes mais urnas com zero votos em seu favor do que Aécio; Haddad, 82 vezes mais do que Bolsonaro – mesmo assim vitorioso; e Lula, 36 vezes mais do que Bolsonaro, nas últimas eleições. Desde 2014, 894 urnas apresentaram esta impossibilidade administrativa, sempre beneficiando o mesmo grupo político – o que é impossível de ocorrer de forma lícita.
E, agora, mesmo após ampla censura unilateral à expressão do pensamento, à informação de dados relevantes, flagrantes milionários compras de votos, discriminação unilateral na veiculação de propagandas eleitorais de responsabilidade do próprio TSE, evidências notórias de associações com interesses e organismo internacionais no processo eleitoral do candidato beneficiado; e principalmente a libertação de um condenado em mais de 3 instâncias, devendo à justiça penal mais de uma década de reclusão, para poder concorrer ao cargo máximo da nação, em decisão monocrática, de ofício, por motivo pífio e irregular, por um ministro militante de organização criminosa – MST – supondo irregularidade do juiz de entrada, mesmo que sua sentença já tivesse sido confirmada com a pena inclusive agravada, nas instâncias uperiores!
Bons contratos e boas prestações de contas fazem bons amigos. Não é o caso da vida política brasileira no momento – ao contrário. As leis existentes se mostram neficazes; os juízes não as aplicam e decidem à sua revelia, e sempre em favor de um único lado. Se fosse um jogo de futebol importante, um clássico, como evitar uma tragédia em condições semelhantes? Como evitar uma tragédia no seio de nossa sociedade, de dimensões continentais?
A sociedade está adoecida, cindida, paranoica! É importante perceber que uma força, um grupo, que se esconde atrás de cargos e instituições, manipula o destino do país e o sentimento das pessoas, jogando, como sempre, cidadão contra cidadão, para exercer controle e roubar a todos – não importa quem de esquerda ou de direita.
O aumento injustificado que se pretende na dívida do Estado, nos impostos e taxas; a volta dos meliantes e dos roubos através do governo federal, ou tolerados por este; a ferrenha censura à informação com julgamentos e prisões arbitrários por crimes de opinião; a violência majorada contra o cidadão que agora conhece os caminhos e os descaminhos dos desvios; nada disso atingirá somente ao cidadão conservador: todos estaremos no mesmo barco. A fome não escolherá a cor da camiseta política.
Assim como o espetáculo do futebol precisa ser protegido dos maus juízes, seus arbítrios e corrupção, a beleza do espetáculo da política e do povo em movimento, construindo uma sociedade cada vez melhor, mais generosa e inclusiva, precisa também ser protegida! Ao final, todos usufruirão dos seus resultados, com mais emprego, mais saúde, mais segurança, e uma sociedade em paz.
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* Dr. Sander Fridman – Médico Psiquiatra, Doutor em Psiquiatria pela UFRJ, estágio pós-doutoral
em Direito (Teoria da Prova) pelo PPG Direito da UERJ, perito das Justiças Federal e Estadual do
Rio de Janeiro, Psiquiatra Forense pela ABP e pelo CFM.