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Vaticano reafirma que gays não podem se tornar padres

Aqueles que manifestam “tendências homossexuais fortemente enraizadas” ou uma identidade sexual “incerta” não podem entrar no seminário e se tornar padres. A afirmação é de um documento publicado nesta quinta-feira pelo Vaticano. Segundo o texto, a Santa Sé prevê uso de psicólogos para avaliar eventuais “patologias” psíquicas dos candidatos ao sacerdócio.

Intitulado “Orientações para a utilização das competências psicológicas na admissão e na formação dos candidatos ao sacerdócio”, o documento foi apresentado hoje pela Congregação para a Educação Católica. O conteúdo já havia sido aprovado pelo papa Bento XVI em junho e sugere aos reitores dos seminários e aos bispos a utilização de psicólogos, de fé católica, para avaliar eventuais problemas não resolvidos dos candidatos ao sacerdócio.

Conforme o texto, a formação deverá ser interrompida caso o candidato, apesar do apoio do psicólogo, continue manifestando incapacidade de enfrentar suas graves imaturidades — dependências afetivas fortes, falta de liberdade nas relações, excessiva rigidez de caráter, falta de lealdade, identidade sexual incerta, tendências homossexuais fortemente enraizadas. O conteúdo também diz que o mesmo deve valer nos casos em que se mostrar evidente a dificuldade do candidato viver a castidade no celibato.

O documento apresentado nesta quinta retoma e reforça as indicações já contidas em uma nota anterior de 2005, redigida pela Santa Sé após a profunda crise dos padres pedófilos nos Estados Unidos e dos inúmeros casos de homossexualidade entre membros do clero.

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