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Veja como controlar a ansiedade antes, durante e após o Enem

A proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma aumentar os níveis de ansiedade entre os estudantes. Porém, o nervosismo excessivo pode afetar o desempenho e comprometer meses de preparação. Para manter a calma e garantir o melhor resultado, especialistas dão dicas sobre como lidar com a ansiedade em cada fase da prova.

Conforme a psicóloga do Vila Olímpia Bilingual School, em Florianópolis (SC), Maria Luisa Graciosa Birro, a ansiedade é uma resposta natural do corpo que, em doses moderadas, pode ser benéfica. “A ansiedade atua como um mecanismo de proteção, nos ‘alertando’ para entrar em ação e nos preparando para enfrentar situações desafiadoras”, explica.

Segundo ela, é normal sentir ansiedade para o exame. “No caso de provas avaliativas, como o Enem, é esperado sentir certo grau de ansiedade, pois estamos diante de um momento importante e decisivo. O corpo entende que precisa se ‘preparar’ para alcançar o melhor desempenho possível”, acrescenta. O problema surge quando ela se torna excessiva e começa a causar sofrimento, sendo fundamental adotar estratégias para gerenciar esse sentimento.

Preparação emocional antes da prova

A organização é uma das principais estratégias para reduzir o nervosismo antes da prova. Controlar a ansiedade na véspera pode ser desafiador. Por isso, é importante se organizar para que esse período e o dia do exame sejam tranquilos.

“Separe com antecedência tudo o que você precisa levar, evitando contratempos no dia, e chegue cedo para localizar seu lugar com calma”, orienta a psicóloga do Colégio Positivo – Londrina, em Londrina (PR), Renata Moraes Constante.

Maria Luisa recomenda que cada aluno descubra o que funciona melhor para si na véspera do exame. “O estudante se preparou para esse momento, então, o ideal é buscar atividades que ajudem a relaxar antes da prova – pode ser um exercício físico, passar um tempo com amigos ou ler um livro. Para algumas pessoas, estudar ‘até o último minuto’ pode intensificar a ansiedade”, explica.

Mulher sentada com as mãos no peito fazendo exercício de respiração
Exercícios de respiração ajudam a aliviar o estresse e a ansiedade (Imagem: Branislav Nenin | Shutterstock)

Respiração para manter a calma durante o Enem

O nervosismo durante o exame pode ser uma das principais causas de perda de foco, mas existem maneiras de controlar a ansiedade na sala de prova. A psicóloga Maria Luisa indica a prática da respiração diafragmática para manter a calma.

“Se o estudante se sentir nervoso durante a prova, a recomendação é concentrar-se em exercícios respiratórios. A respiração diafragmática, em particular, é eficaz para aliviar o estresse e a ansiedade”, explica.

Renata Moraes Constante orienta como aplicar essa técnica de respiração: “Coloque os dois pés no chão, separe os joelhos, mantenha uma postura alinhada, feche os olhos (se possível), coloque uma mão na barriga e outra no meio do peito. Inspire lentamente pelo nariz, concentrando-se em expandir a barriga, de modo que a mão sobre ela suba, enquanto a mão no peito permanece o mais imóvel possível. Em seguida, expire devagar pela boca, deixando a barriga descer naturalmente. Repita esse processo por alguns minutos, mantendo um ritmo calmo e constante, ao menos três vezes”.

Reduzindo a ansiedade após o Enem

Para muitos estudantes, a ansiedade não termina com o encerramento do exame. Por isso, as especialistas aconselham evitar conferir os gabaritos logo após a prova, pois isso pode aumentar o estresse.

“Depois da prova, é hora de relaxar. É importante entender que o estudante fez o melhor que podia e, agora, precisa descansar e se dedicar a atividades prazerosas. A tentação de verificar os resultados imediatamente pode intensificar a ansiedade”, alerta Renata Moraes Constante.

Maria Luisa acrescenta que, após o exame, é essencial adotar uma visão equilibrada do processo seletivo. “Essas provas ocorrem todos os anos, e diversos fatores influenciam o desempenho. É importante lembrar que, independentemente do resultado, sempre é possível tentar novamente ou explorar outras oportunidades”, conclui.

Por Fabiana Gonçalves

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