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Veja como evitar verminoses e doenças gastrointestinais nos pets

A campanha Março Azul Marinho foi lançada com o intuito de combater as verminoses e doenças gastrointestinais em animais de estimação. Para além de conscientizar sobre a importância da vermifugação e vacinação, defende a alimentação adequada e os cuidados gerais com a saúde do pet

Trata-se de uma iniciativa voltada para a saúde pública, uma vez que algumas parasitoses são zoonoses, ou seja, podem passar dos cães e gatos para o ser humano. O médico-veterinário Pedro Risolia, da Petlove, traz esclarecimentos quanto aos sintomas, os tratamentos e, principalmente, as medidas de prevenção. Confira!

Causas e sintomas das verminoses 

As infecções parasitárias mais frequentes nos cães e gatos são ancilostomíase, dipilidiose e toxocaríase. Os principais sinais incluem diarreias, falta de apetite, vômitos persistentes, presença de sangue nas fezes, coceira na região anal, além de pelos sem brilho e quebradiços. 

“O animal pode contrair por ingestão de alimento ou água contaminada com ovos e larvas. Outro meio é, ao se lamber, o pet acabar deglutindo hospedeiros intermediários, como uma pulga infectada”, explica Pedro Risolia. 

Assim, ao identificar os sintomas, é importante levar o animal ao veterinário. “O tratamento varia conforme a enfermidade, sendo necessário exame de fezes para diagnóstico. Merecem atenção, pois caso não sejam tratadas, essas infecções podem evoluir para distúrbios digestivos por danos ao trato intestinal, prejudicando a absorção de nutrientes, aumentando o risco de infecções secundárias e debilitando o sistema imunológico”, afirma Pedro Risolia. 

Prevenindo as verminoses

O especialista da Petlove indica que a forma de proteção mais indicada para as verminoses são as consultas regulares com o veterinário para exames de rotina, reduzindo assim a possibilidade de o pet contrair doenças, mas também para realizar o diagnóstico precoce, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Além disso, o tutor deve seguir a vermifugação regular conforme o protocolo recomendado em atendimento profissional. 

A frequência do procedimento varia conforme a idade do animal e o risco de exposição a parasitas. “Cadelas e gatas prenhas ou lactantes necessitam de protocolos especiais. Nos filhotes, a primeira dose geralmente é administrada a partir dos 30 dias de vida e as aplicações de reforço são repetidas quinzenalmente até a ninhada completar 3 meses. A partir dessa idade, já pode ser feita mensalmente até os 6 meses. Os pets adultos podem ser medicados a cada 3 a 6 meses”, ressalta o veterinário. 

Outras medidas de prevenção importantes, são: 

  • Higiene: manter a higiene do ambiente e dos objetos utilizados pelo pet, como comedouros e caminhas; 
  • Atenção aos passeios: ter cuidado durante os passeios, evitando que o animal tenha contato com fezes e terrenos contaminados; 
  • Alimentação equilibrada: um organismo saudável tem maior resistência contra infecções;
  • Controle de pulgas e carrapatos: muitos parasitas intestinais podem ser transmitidos por esses vetores. 
As consultas veterinárias são importantes para manter a saúde dos animais de estimação (Imagem: Stock-Asso | Shutterstock)

Causas e sintomas das doenças gastrointestinais 

As patologias no sistema digestório são comuns e frequentes, mas diversas entre si; por isso, é preciso conhecer bem o comportamento habitual do pet e ficar atento às mudanças de conduta. Gastroenterite, colite, constipação, diarreia e pancreatite são algumas das complicações que podem ser desenvolvidas, variando os agentes causadores e os órgãos comprometidos.

Além disso, a Giardíase e a Doença Inflamatória Intestinal (DII) estão entre as 10 doenças mais diagnosticadas pelos veterinários do Plano de Saúde da Petlove em 2023. “Alguns sintomas dessas enfermidades são diarreias recorrentes, vômito, falta de apetite, desconforto abdominal e gases, mas o quadro pode agravar para pancreatite crônica, inflamações e linfoma intestinal”, esclarece o veterinário.

Diagnóstico e prevenção das doenças gastrointestinais 

É fundamental procurar um veterinário ao identificar os sintomas no animal. “O diagnóstico deste tipo de doença pode ser realizado via consulta veterinária, com possibilidade de exames de imagem, como a endoscopia, e laboratoriais, como o exame de fezes”, explica Pedro Risolia.

O profissional da Petlove afirma que manter a higiene e boa alimentação são maneiras de proteção contra doenças. Além disso, é importante evitar expor o animal a situações de estresse ou deixá-los em contato com pets doentes. 

A ingestão acidental de corpos estranhos também pode levar a complicações sérias como obstrução intestinal, lesões estomacais e, em casos mais graves, perfuração do esôfago. “É importante sempre ficar atento ao pet. Supervisione a ingestão de frutas com caroços e monitore as brincadeiras com objetos pequenos, que os caninos podem facilmente despedaçar e engolir. Paralelamente, manter consultas regulares ao veterinário são cruciais para garantir a saúde e o bem-estar geral dos animais”, finaliza Pedro Risolia.

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Por Gustavo Mattos

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