Veja os benefícios e os riscos do consumo de carne vermelha
A carne vermelha, proveniente de mamíferos, como boi, porco, cordeiro e outros animais de grande porte, é rica em nutrientes essenciais, além de uma importante fonte de proteínas de alta qualidade, fundamentais para a construção e reparação dos tecidos do corpo. Por seu sabor e versatilidade, é amplamente utilizada em diversos pratos ao redor do mundo, sendo presença constante nas refeições diárias de muitas pessoas.
“Ela é rica em vitaminas e minerais essenciais, como ferro, zinco e vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B12, essencial para a saúde do sistema nervoso e a formação de glóbulos vermelhos. O ferro presente na carne vermelha é altamente biodisponível, o que significa que o corpo o absorve mais facilmente em comparação com fontes vegetais”, destaca Fábia Resende, nutricionista e docente do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera.
Consumo excessivo de carne vermelha
Apesar de seus benefícios, o consumo excessivo de carne vermelha pode trazer riscos à saúde. A ingestão frequente e em grandes quantidades, especialmente de carnes processadas, como bacon, salsichas e embutidos, está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer, principalmente o câncer colorretal.
“O alto teor de gordura saturada presente em algumas carnes vermelhas também pode contribuir para o aumento dos níveis de colesterol ruim (LDL), o que pode levar a problemas cardíacos. Além disso, o método de preparo da carne, como grelhar em altas temperaturas ou fritar, pode produzir compostos potencialmente cancerígenos”, comenta a especialista.
Consumo adequado de carne vermelha
Segundo a nutricionista, a ingestão ideal seria de até três porções por semana, equivalente a cerca de 350 g a 500 g, sendo cozida ou grelhada a baixa temperatura, nunca exposta diretamente ao fogo. “Além disso, é de extrema importância intercalar o consumo da carne vermelha com aves, peixes e ovos, ao longo da semana e evitar, ao máximo, o consumo de carnes processadas”, finaliza.
Por Nicholas Montini Pereira