Veja quanto o Grêmio precisaria gastar para assumir hoje gestão da Arena
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense avançou em uma negociação complexa para assumir o controle da Arena do Grêmio, mas a operação levanta questões sobre o valor envolvido e as estratégias financeiras adotadas.
Recentemente, o clube investiu R$ 20 milhões para adquirir parte da dívida relacionada à construção do estádio, garantindo um crédito futuro de R$ 70 milhões, que dificilmente será quitado na totalidade.
Segundo a direção tricolor, o objetivo dessa transação foi evitar que investidores alheios aos interesses do clube negociassem com o Banrisul, mantendo, assim, o plano de assumir o controle da gestão da Arena o mais rápido possível.
A aquisição do crédito poderá ser usada futuramente em uma negociação direta com a atual gestora do estádio, a Arena Porto-Alegrense.
Valores e negociações envolvidas
Embora o Grêmio possua R$ 70 milhões em crédito, o clube ainda precisa lidar com a dívida total que gira em torno de R$ 160 milhões, com previsão de pagamento até dezembro de 2032.
Fontes do mercado especulam que a Arena Porto-Alegrense aceitaria encerrar a negociação se o Grêmio quitasse R$ 60 milhões à vista, mas essa proposta ainda está sob análise.
Um dos entraves da negociação é que o contrato vigente estabelece que, em caso de inadimplência, a garantia é o próprio imóvel.
No entanto, como a Arena não é proprietária do terreno, a gestora não precisaria cobrir os valores pendentes da construção, o que complica o processo para o Tricolor.
Fundo de investimento e exigências para a negociação
Além das tratativas com a gestora, o Grêmio enfrenta outro desafio: um fundo de investimentos adquiriu um crédito de R$ 140 milhões por R$ 40 milhões e está disposto a negociá-lo, mas exige R$ 100 milhões para repassá-lo.
Se o clube quiser assumir a gestão do estádio imediatamente, teria de desembolsar um total de R$ 160 milhões, considerando todos os acordos em andamento.
Estratégia financeira do Grêmio
Apesar dos obstáculos, o Grêmio acredita que a Arena Porto-Alegrense tem a obrigação de honrar parte dos débitos de construção.
Caso a empresa não efetue os pagamentos, o clube estuda buscar compensação por meio do direito de superfície e pela aquisição das ações da gestora.
Essa estratégia poderia reduzir o valor necessário para a compra total da gestão.
Com essa movimentação, o clube busca garantir o controle da Arena e, ao mesmo tempo, minimizar os custos da transação.
A direção tricolor acredita que, com o domínio sobre o estádio, o clube terá maior liberdade para explorar a Arena de forma mais lucrativa e sustentável.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp