Venderam a CEEE – por 100 mil reais! – Erner Machado
VENDERAM A CEEE – POR 100 MIL REAIS!
Este texto era para ter saído na quarta feira, 31 de março, quando eu soube da notícia.
Não o fiz porque estava com um fraterno amigo acometido de covid-19 em estado gravíssimo e, porque, aproximava-se a Páscoa e o conteúdo, do mesmo, com certeza não ficaria de acordo com as circunstâncias mencionadas.
O meu fraterno amigo veio a falecer e a Páscoa chegou com um domingo ensolarado e com promessas de Amor, Renascimento e Paz.
Então, vamos lá para apreciação e crítica de meus 7 ou 8 leitores:
Assisti, o deprimente ato de sua excelência o nosso Governador, com um martelo de Leiloeiro na mão, dar três batidas em um suporte de madeira, instalado na mesa à sua frente, homologando a venda da CEEE para um consórcio de investidores que já opera em outras partes da Federação.
Tragicômica figura que com três batidas de um martelo, homologou, não a venda da CEEE, mas sua entrega para iniciativa privada, em decorrência da sistêmica incompetência de gestão a que a mesma esteve submissa nas últimas décadas.
É necessário que o leitor seja conduzido a uma reflexão profunda e honesta sobre a produção de incompetências nos últimos 30 anos em nosso País.
O convido, então, a pensar que a nossa Nação, lamentavelmente, neste tempo, veio descendo as escadas, em todos os sentidos, para não dizer sofreu um “ Dow Grade” como se fala no Mercado Financeiro.
Produzimos Cultura, Educação, Esportes, ciência, linguagem, lazer, do pior conteúdo e, nós como nação, neste tempo, construímos uma sociedade que se expressa com vulgaridade e que é aceita como, descolada normal e moderna.
Assim, com uma sociedade desta natureza é lógico que vamos buscar e eleger, por absoluta de falta de opção, políticos da pior espécie.
Assim elegemos vereadores, prefeitos, deputados, governadores, deputados federais, senadores e presidentes que vieram da sociedade que criamos e, por via de consequência, são medíocres, ignorantes, incompetentes, desonestos que riem da lei e que, acima de tudo, não conhecem nada de Gestão Pública.
Assim para montarem suas “ maquinas administrativas” os prefeitos, os governadores, os presidentes, exercendo a função executiva, nomeiam para cargos chaves de seus municípios, de seus estados e da nação “ gestores” que iguais a quem os nomeia são ignorantes e incompetentes.
Na função legislativa dos três entes da federação acontece o mesmo fenômeno e os vereadores, os deputados, os senadores, nomeiam para assessores pessoas incompetentes e despreparados
A CEEE, nestes últimos 30 anos foi vítima deste modelo de gestão que coloca em Cargos de Gestão Máxima, (presidente) titulares que não são possuidores de Competência Técnica de Gestão Corporativa, Administrativa e Financeira o que é compensado porque são afiliados, compadres ou porque possuem laços familiares com políticos desonestos e incompetentes.
E estes Presidentes das Estatais, ao serem aprovados pelos legislativos das três esferas do Estado Brasileiro que, igualmente comprometido, desonesto é devedor de favores, legitimam a Gestão que será marcada por incompetência, irresponsabilidade e fraude.
E, depois de empossado, o presidente escolhe, na mesma massa crítica os seus pares que irão compor a “sua administração”…e, dentre os seus amigos, os seus parentes, os seus afiliados e afiliados de seu chefe, saem os diretores financeiro, administrativo e técnico.
Para finalizar, meus amigos, foi isto que aconteceu com a CEEE que mesmo tendo Receitas Financeiras garantidas e pagas em dia, tendo um corpo funcional de excelência, admitido mediante concurso público, não resistiu ao processo de má gestão, de incompetência, de despreparo administrativo e financeiro que lhe foi imposto pelo exercício do modelo administrativo dos últimos 30 anos.
Então o senhor governador ao dar cabo de uma empresa estatal fundada em 1943, batendo o martelo, homologou também, um sistema de gestão, incompetente, desonesto, equivocado e primário patrocinado por seus antecessores e, no presente adotado ,plenamente, por vossa excelência.
Lamentemos, então, mas não há o que fazer, a não termos coragem de, como povo, produzir a mudança que faz necessária para que os que virem, após nós, não nos chamarem de coniventes e de covardes.