Venezuela diz que são falsas as informações sobre massacre
“Nós podemos dizer ao país que não havia indício algum de qualquer morte ou de queima de casas, nem de massacre de yanomamis no Alto Orinoco”, disse a ministra. O crime, segundo denúncias de organizações não governamentais (ONGs), ocorreu na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.
A ministra disse ainda que seu compromisso é “agir de forma transparente e legal” na apuração de quaisquer informações envolvendo denúncias de povos indígenas. “Felizmente tudo acabou se confirmando como falso”, disse ela
Desde o dia 31, a Comissão das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, a Procuradoria-Geral da República, a Defensoria Pública, o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério das Relações Exteriores e o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais investigam as denúncias.
Na semana passada, o embaixador do Brasil na Venezuela, José Antonio Marcondes de Carvalho, encaminhou um pedido formal às autoridades para verificar o teor e a veracidade das noticias sobre o assassinato de índios yanomamis por garimpeiros brasileiros.
De acordo com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), o massacre dos indígenas ocorreu em julho deste ano, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O Coiam divulgou um documento baseado no relato de três indígenas que dizem ter sobrevivido ao massacre.
No relato, os indígenas contam que garimpeiros cercaram a casa coletiva, dispararam contra eles e atearam fogo à casa. Segundo a coordenação, o número de mortos é incerto. O Ministério das Relações Exteriores disse que a embaixada e o consulado brasileiros em Caracas trabalham para apurar os fatos e saber o que ocorreu.