Vereadores questionam Instituto Hospitalar Santo Antônio sobre prestação de serviços em SAP
O processo de acompanhamento da gestão do Instituto Hospitalar Santo Antônio, iniciada em julho deste ano pela Comissão Especial formada pelos Vereadores, Manoel Adam (PMDB), Eduardo Lima de Souza (PSDB), Clóvis Salazar (DEM) e Tadeu Neves (PP), completou mais uma etapa nesta segunda-feira.
Integrantes da diretoria do Instituto foram sabatinados por mais de duas horas pelos Vereadores, no plenário da Câmara, com questionamentos que foram desde o déficit nas contas do Hospital até investimentos para melhoria do plantão clínico. A investigação na gestão promovida pela Comissão tem como base inúmeras reclamações de pacientes relacionadas à falta de atendimento pelo SUS, a ausência de médicos e cancelamento de cirurgias.
Liderada pelo vereador Manoel Adam, presidente da Comissão, a tarefa de acompanhar a gestão do Instituto Hospitalar Santo Antônio gerou uma série de encontros e um arquivo reunindo documentos que pode em um segundo momento, servir como diagnóstico dos procedimentos que devem ser adotados para correção de problemas.
Segundo Adam, a investigação se concentra basicamente no contrato firmado entre Instituto e Administração Municipal, para manutenção do atendimento de emergência e urgência, remoção de pacientes e pagamento de funcionários cedidos. No entanto, o debate desta segunda-feira se expandiu, levantando outras questões pertinentes ao funcionamento do Hospital. “O nosso papel não é o de apontar culpados, mas de auxiliar na busca de soluções que melhor atendam as expectativas e demandas da nossa população no setor de saúde, contrato cumprido”, afirmou Manoel.
As perguntas foram geralmente respondidas pelo presidente do Instituto Juarez Ramos, que esteve acompanhado ainda pelo presidente do Conselho Fiscal, Dr. Altemar Toson, da tesoureira, Nara Massulo, e do Administrador, Giovani Silveira. Por vários momentos, Ramos afirmou que o repasse mensal da Prefeitura, de R$ 120 mil, não cobre as despesas com os serviços contratados. Relatou que um encontro está agendado com o prefeito Daiçon Maciel, onde deve ser solicitado um aumento dos valores.
Indagado sobre as reclamações de pacientes e a falta de agendamento para cirurgias no Centro Oftalmológico, Juarez respondeu que alguns fatos fogem do controle administrativo, gerando transtornos e prejuízos ao atendimento. Disse que a maioria dos médicos é contratada por meio de cooperativa, o que dificulta a fiscalização ou cobrança com relação a pontualidade. Admitiu problemas com o centro oftalmológico, inclusive com a interrupção das cirurgias por falta de equipamento adequado, porém, confirmou a aquisição do mesmo pelo médico responsável, regularizando o serviço até o início de 2009.
Com relação a um déficit mensal que pode chegar a R$ 95 nas contas do Instituto, o presidente disse apostar na parceria com a comunidade, através da utilização do plano SIFAC, o acordo com a Prefeitura na renegociação dos valores dos repasses e na aquisição do certificado de filantropia para equilibrar as contas. “Nós estamos fazendo a nossa parte. Recebemos o Hospital com uma estrutura precária, investimos e agora esperamos o retorno para qualificar ainda mais os serviços”, enfatizou.
Nesta quarta, às 10h30, a Comissão, a convite de Juarez Ramos, estará visitando as instalações do Instituto e colhendo novos dados para anexar ao processo de acompanhamento.