Videoconferência debate auxílio emergencial para produtores do litoral atingidos pelo ciclone bomba
Uma videoconferência realizada na tarde desta terça-feira (4/8) tratou do auxílio emergencial para produtores de banana e abacaxi do litoral gaúcho atingidos pelo ciclone bomba entre 30 de junho e 1° de julho.
Enquadrados no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), eles terão acesso a crédito de custeio e investimento com as taxas de juros mais baixas aplicadas ao programa (2,75% a.a.), no decorrer de todo o ano agrícola 2020/2021. As perdas estimadas nestas culturas chegam a R$ 100 milhões.
Participaram da reunião o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Schwanke, o deputado federal Alceu Moreira, integrantes da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, representantes de Banrisul, Banco do Brasil, Sicredi, Fetag, Famurs, sindicatos de trabalhadores rurais e Emater, além de prefeitos, lideranças da região litorânea e produtores rurais.
Covatti Filho destacou a importância da parceria com o Mapa e a agilidade no anúncio de medidas para reduzir os danos com o ciclone-bomba. Schwanke afirmou que o ministério conseguiu atender rapidamente à demanda, anunciando uma redução real dos juros, mas destacou que é necessário que o agricultor implante, daqui para a frente, a cultura do seguro rural.
Ele citou o exemplo do município de São Pedro de Alcântara, que teve uma parcela muito pequena de agricultores com Proagro, o seguro rural.
“Queremos deixar como legado no ministério esta questão do seguro, que todos os produtores tenham”, afirmou Schwanke.
Ele sugeriu que as entidades e os produtores renovem os bananais em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina, Estado que também teve perdas com o ciclone-bomba.
“Temos que saudar a rapidez no auxílio aos agricultores feita pelo governo federal, mas o desafio agora é este recurso chegar lá na ponta, no agricultor que está precisando. Vamos fazer um trabalho diário de acompanhamento para que todos tenham acesso”, afirmou o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.