Viva à autenticidade de Titi

Lendo o belo texto de Titi Martins, sua história, sua trajetória, sonhos e realizações, chego a acreditar que a autenticidade está em vias de extinção…  Pessoas que nos rodeiam, desejam ser alguém que não elas, numa busca vã de outras pseudo-personalidades que lhes dêem mais destaque e mais sucesso. Têm tudo para ser felizes mas adiam esse sentimento para quando atingirem ou adquirirem algo,  que possam merecer a tal felicidade. Ao invés de tentar compreender o modo de como essa pessoa se torna autêntica, criticam ou atacam. Outros menos audaciosos copiam hábitos, imitam os seus tiques, sempre com a intenção de SER esse alguém…

Quando se deparam com uma pessoa realmente autêntica, enamoram-se do seu estado de graça e, numa ânsia de insana, desejam absorver cada célula de Luz, cada “ensinamento” que lhes traga, nem que seja, a ilusão de ser autêntico… Às vezes você pode atrair a simpatia e admiração das pessoas, mas ao mesmo tempo pode chocá-las e decepcioná-las com suas verdades, porque verdade, cada um tem a sua, e não se pode agradar à todos invariavelmente.

Muitas vezes acreditamos que ser simples é apenas agir com sinceridade. Mas para sermos simples, devemos ser autênticos, pois, afinal, somos seres únicos e jamais encontraremos algum ser igual a nós. Na verdade, é isso o que buscamos nos outros: seres iguais a nós. Por isso a diferença nos outros nos incomoda.

Ser autêntico é uma maneira de ser leal a si mesmo, sem ser mal educado, nem ofender a autenticidade dos seus semelhantes. É você ser o “eu”(individual), respeitando o “nós”(coletivo).  Afinal todos somos produtos do meio ambiente em que vivemos. Para isso, devemos sempre levar em alta consideração a gentileza e a educação, que serão boas vias para nossa autenticidade.
Para que sejamos autênticos, precisamos agir com sinceridade e pureza, atuando com naturalidade, tendo a coragem de se expor e, também, de mostrar fragilidade em determinados momentos e situações. É preciso ter a coragem de chorar e, muitas vezes, falar coisas que nosso coração sente, tirando os preconceitos e deixando que as máscaras que sempre usamos caiam por terra, doa a quem doer.

Com certeza minha amiga Titi, ao mesmo tempo em que somos autênticos, corremos o risco de não agradar à primeira vista. Porque somos do tipo: me ame, ou me odeie, sou assim e pronto. Buscamos ter idéias formadas sobre tudo, mesmo que de forma rasa e sem qualquer tipo de embasamento. E assim, vamos nos transformando naquilo que não somos, afundando-nos em falsas palavras, atitudes e sentimentos. Mas isso causa aos outros uma sensação de sempre estarmos senhores da situação.

Imagino como o Mundo seria se cada um começasse a difundir a sua própria Luz, as suas próprias cores, a sua individualidade única e criativa. A realidade vista pelos milhares de pontos de vista enquanto uma explosão de criatividade traria mais beleza e harmonia a nossas vidas. Deixaria de existir a frustração, a inveja, para dar lugar ao amor e a felicidade permanente.

Assim como você, eu também prefiro correr riscos e ser autêntica, mostrando o que e quem realmente sou. Pra mim é mais simples agir com espontaneidade do que fazer rodeios, gosto de ser direta. Mas volto à repetir que  esta autenticidade não agrada todas as pessoas. Cada um sabe como deseja passar por este mundo e qual imagem perpetuar.

Portanto, Titi e milhões de pessoas que decidem diariamente pela autenticidade tem  minhas congratulações. Sejamos nós mesmos, autênticos e firmes em nossos objetivos. Certamente muitos se afastarão de nós, pois não seremos mais convenientes para eles; mas outros tantos se aproximação, pois verão que somos simples, sinceros, e nossa essência divina irá brilhar, pois seremos aquilo que realmente sempre fomos:  Amor, em essência.