Nesta madrugada retornava de Estrela, onde fora curtir o aniversário do meu neto.
Como estava bastante cansado deixei a Auto Estrada e tomei a velha rodovia de Santo António a Osório, pois a mesma é bastante sinuosa e assim exige atenção redobrada, espantando o sono.
Para minha surpresa encontrei-a recuperada, com um asfalto bem aplainado.
E aí me lembrei do asfalto aplicado aqui em Xangri-Lá com o dinheiro oriundo da venda da folha de pagamentos ao banco espanhol Santander pelo preço de R$ 1,5 milhão.
Lembrei também da traição desta administração que aí está, que depois de os vereadores Francisco Tadeu Magnus e Lauro de Souza Jardim, ainda em 2005, acompanhados do senhor Érico Jardim, terem conseguido que o Banrisul instalasse uma agência na cidade, coisa que ainda não tínhamos, entregou a folha a esse banco estrangeiro.
Pois referida importância foi destinada ao asfaltamento de vias da cidade.
Na Avenida Central foi colocado um asfalto vergonhoso, sem o devido aplainamento e impermeabilização, o qual certamente não irá atravessar o inverno rigoroso que se avizinha.
O asfalto aplicado aqui na Avenida Paraguaçu foi porco.
Sei que o adjetivo é forte, mas não encontro outro para empregar, visto que ainda não se passaram 90 dias e a primeira chuva se encarregou de fazer os antigos buracos, que foram cobertos, voltarem não à sua situação original e sim se transformando em crateras.
É uma vergonha.
Aliás, não só estão já em estado precário os recapeados no final da temporada, assim como quase todas as ruas da cidade que estão intrasitáveis.
Ao entrar na cidade usei a Avenida Jacuí, com diversas luminárias apagadas ou queimadas sabe-se lá, mas às escuras.
E mais, aquela via está tomada por crateras, numa das quais o meu carro caiu.
Naquele momento rogei uma praga ao prefeito, pois também sou humano e em alguém tinha que descarregar.
Fique ele tranqüilo, pois embora eu não seja carola, tenho Deus em meus sentimentos.
Só o prefeito desconhece essa situação, fruto de sua incompetência em administrar a cidade, parece ter ele grande aptidão para torrar o dinheiro dos contribuintes em pagamentos de funcionários desnecessários.
Penso que tais contratações só se explicam pela sua necessidade de se perpetuar no poder.
Penso que ele não gosta muito da atividade privada.
E esta minha opinião é compartilhada por um bom número de cidadãos honrados e inteligentes.
Aliás, no encerramento da Sessão do Legislativo desta semana a líder do governo e irmã do prefeito, afirmou que o criticavam por empregar familiares. Que ele havia empregado somente uma irmã e o cunhado.
Logo após manifestou-se o vereador Lauro Jardim que exibiu uma relação de 150 nomes empregados através do CIEE.
E o vereador não ficou somente no número exagerado, foi mais longe, afirmando que boa parte destes nomes coincidia com os nomes da família do prefeito e que acreditava que muitos residiam fora do município, para tanto tendo solicitado atestado de residência de todos eles.
Foi neste momento que me lembrei de pronunciamento do vereador Roxo, feito ainda ano passado, quando disse em alto e bom som que a administração tinha três folhas de pagamento.
Seriam elas, a folha normal com cerca de duzentos CCs, a folha da frente emergencial de trabalho com oitenta nomes, embora não tenha sido decretado estado de calamidade pública a justificar tais contratações e a folha do CIEE.
Penso que a vereadora estava apenas desinformada, pois não acredito que ela vá ser contaminada pela mania do prefeito em mentir.
Ressalto que o Legislativo tem enorme responsabilidade em todos esses desmandos, pois estando nele representados todos os eleitores, teria, se esta fosse sua decisão, como ter freado esses absurdos e não o fez.
Com a resposta os senhores vereadores, especialmente aqueles cinco que sempre respaldaram essa administração, tem este espaço à disposição para explicar por que foram tão generosos com a mesma.
Até a próxima se Deus assim o permitir.